As inquietações do Harry tinham agora passado para
mim, não sei, parece que também fiquei com um aperto no coração assim de
repente. Talvez tenha sido apenas por ver a preocupação no rosto do Harry
acabando por também ficar preocupada. Respirei fundo, não há-de ser nada de
mais, pensei para comigo.
- Se vais
com essa cara mais vale não irmos… - resmungou a Nicole enquanto entravamos
dentro do carro do Harry – quero a minha
amiga não esta pessoa que está à minha frente com medo que nos aconteça alguma
coisa!
- Se
tivesses visto bem a cara dele não estarias assim. – informei-a enquanto
punha o carro a trabalhar. Ela continuava a não dar qualquer tipo de
importância às minhas inquietações.
- Até parece
que não o conheces, preocupa-se demais… - não me apetecia nada continuar
com aquela conversa para ver quem é que tinha razão, não valia a pena – pronto. Queres que fique solidária contigo?
Eu fico. – desviei o olhar por uns instantes da estrada e sorri, aquela
miúda não existia mesmo – Já que estou
solidária contigo, toma atenção à estrada, não quero que nos aconteça nada de
mal…
- Primeiro
gozas mas agora já te estás a preocupar…
- Só estou a
zelar pela nossa segurança…
-
Então conta-me lá como é que foi esta noite? Quero todos os pormenores – virei-me para ela quando parei no sinal vermelho.
A cara que fez foi bastante hilariante – quer
dizer, todos todos também não, só os principais! Tu percebeste…
- Pois, pois.
– aquele sorriso meio parvo, meio apaixonado demonstrava o quanto aquele
coração estava feliz. – Nem imaginas o
quanto é que estou contente, só me apetece andar aos pulinhos pela rua e dizer
a todos que estamos juntos. É uma sensação cá dentro tão boa…
Ela acabou por contar como é que tinha corrido a
noite e até achei a ideia dos rapazes de os trancarem bastante engraçada. A
forma como ia contando o rumo da noite, o sorriso dela ia ficando cada vez
maior. Aquele brilhozinho no olhar denotava toda a felicidade espelhada no
coração.
(…)
O ambiente na discoteca estava muito bom por isso
foi fácil entrar no ritmo do som e das luzes. Era bom divertir-me com a Nicole,
ela era uma rapariga muito especial para mim. Mesmo tendo estado a quilómetros
de distância e com um oceano a separar-nos, ela não deixou de ser a minha
melhor amiga. Tinha perdido a conta das vezes que lhe tinha ligado durante a
noite esquecendo por completo do fuso horário ou então quando ela decidia
acordar-me de madrugada só para dizer um simples “olá”.
(…)
Depois de algum tempo a dançar fomo-nos sentar numa
mesa que se encontrava vazia. Estivemos a conversar sobre imensas coisas
disparatadas até que sinto o meu telemóvel a vibrar dentro da minha mala. Assim
que vi o nome do Brian no visor informei a Nicole que ia lá fora atender a
chamada.
- Brian!
– exclamei assim que deslizei com o dedo pelo ecrã para poder atender a chama –
que saudades! – é verdade que o
tinha visto quando fui com os rapazes aos EUA mas tinha estado pouquíssimo tempo
com ele. Já tinha saudades do parvo do meu amigo.
- Bem que entusiasmo!
– disse a rir – Tenho que te ligar mais
vezes Mia…
- Pois tens.
Então qual é o motivo por me teres telefonado a estas bonitas horas da noite?
– enquanto reparava que já passava da uma e meia da manhã. As noites em Londres
já começavam a ficar bastante frias e o céu já se encontrava coberto de nuvens.
- Shiii…esqueci-me
das horas. Estavas a dormir? – perguntou preocupado – esqueço-me sempre dessas coisas do fuso horário. – lamentou-se. Ele
continuava o mesmo, um esquecido do pior.
- Não, está
descansado que não me acordaste. – tranquilizei-o ao mesmo tempo que
tentava aquecer o meu corpo do frio da rua – Vim sair com a Nicole. Mas diz lá o que leva o parvo do meu amigo a ligar-me?
- Quero
informar a minha amiga que a minha pessoa daqui a um par de horas vai estar
dentro de um avião rumo a Londres…
- A
sério?! Vens-me visitar?
-
Achas mesmo que vou fazer estes quilómetros todos só para te visitar? Deves
pensar que sou rico… -
não disse nada à espera que ele continuasse – Pronto, amanhã quando chegar explico-te o que vou aí fazer, isto se
me vieres buscar, claro.
- Claro que
te vou buscar, despassarado como és ainda te perdes pela cidade. E chegas a que
horas?
-
Chego por volta da hora de almoço.
-
Muito bem. Eu vou-te buscar e depois quero saber tudo…
Depois de me despedir do Brian entrei de novo
dentro da discoteca dei de caras com a Colbie. Não era de todo a pessoa que
mais queria ver naquele momento como em qualquer outro. Estava pouco
interessada em falar com ela por isso dirigi-me de novo para a mesa aonde se
encontrava a Nicole. Pelos visto a Colbie tinha alguma coisa para me dizer pois
veio atrás de mim.
-
Boa noite Colbie –
cumprimentou-a a Nicole, eu apenas murmurei um simples “olá” que foi
completamente abafado pelo barulho da música – Precisas de alguma coisa? – ela olhou para mim antes de responder
- Por acaso
até preciso. Venho aqui informar a tua amiga que eu não vou desistir do Harry.
– disse decidida – Este tempo longe dele
deu para perceber que ele é muito importante para mim e não vou deixar de lutar
por ele… - tudo aquilo caiu que nem uma bomba dentro de mim. Eu e o Harry estávamos
finalmente bem principalmente por causa da noite anterior. Tinha voltado a
sentir-me amada pela pessoa que conquistara o meu coração. Mas e agora? Tinha
medo de o perder, de pensar na probabilidade do Harry ainda sentir alguma coisa
pela Colbie.
-
Isso é para me assustar? –
tentei soar o mais calma possível – Que
eu saiba foi o Harry que te deixou para ficar comigo, ele gosta de mim…
- Ele está
confuso e quando voltar a ver-me vai perceber que sou eu a rapariga da vida
dele. Aproveita os últimos dias com ele porque a vossa relação não vai passar
disso mesmo, de dias… - o vulto dela desapareceu por entre a multidão de
pessoas a dançar. De um momento para o outro tudo deixou de ser perfeito e as
duvidas assombravam o meu coração.
- O Harry
ama-te, o coração dele pertence-te. Nunca duvides disso. – foram as últimas
palavras da Nicole antes de me abraçar. Não queria acreditar que aquilo me
estava a acontecer, não queria mesmo.
(…)
Despedi-me da Nicole e fui preparar o que seria a
minha cama naquela noite. Não tinha lógica serem os pais da Nicole a dormir no
sofá e eu no quarto, ainda por cima a casa não era minha. A pouca vontade de
abrir o sofá-cama fez com que apenas estendesse um dos lençóis por cima deste e
esperei que a Nicole saísse da casa de banho para poder ser a minha vez. Assim
que deixei de ouvir barulho na casa de banho, peguei no meu pijama que estava
na sala e fui-me vestir. Antes disso, retirei toda a maquilhagem do meu rosto
com alguma lentidão. Olhei para o espelho assim que acabei vendo a minha cara
ao natural e já um bocado ensonada. As palavras da Colbie voltaram a assombrar
os meus pensamentos. Por mais que a Nicole dissesse que o Harry só tinha olhos
para mim e que me amava continuava com medo. Um medo quase irracional de
perdermos a pessoa de quem mais gostamos. O problema é que tudo dependeria do
Harry, se o que realmente sentíamos era verdadeiro o suficiente para ele não me
deixar. Abri a torneira da água e molhei a cara. Precisava mesmo de ir dormir. Voltei
de novo para a sala e deixei-me cair sobre o sofá ficando meia deitada, meia
sentada. Peguei na minha mala que se encontrava no chão e tirei de lá de dentro
o meu telemóvel. Queria ouvir a voz do Harry antes de adormecer, precisava de o
ouvir.
- Estou?
– depois de ouvir aqueles “bips” irritantes ouvi a voz do Harry visivelmente
ensonada e pronta a matar quem quer que o estivesse a acordar.
- Sou eu
amor! – sorri. Não era algo propositado ou planeado, simplesmente saía de
dentro sem conseguir controlar. Era algo genuíno e que acontecia sempre que
falava como Harry. Ele era o motivo mais puro de todo o meu estado de
felicidade.
- Mia! –
agora a voz dele estava muito mais desperta depois de se aperceber que era eu –
estás bem? Passasse alguma coisa? Queres
que te vá buscar? – as palavras saiam-lhe tão depressa que até a mim me
fazia alguma confusão – Ai…
- O que é
que aconteceu? – perguntei preocupada com aquele esgar de dor
- Falei
depressa demais e a minha cabeça não acompanhou – disse enquanto se ria. Só
mesmo aquele rapaz para me fazer rir – aconteceu
alguma coisa, amor? – falou agora num tom mais calmo
- Não. –
menti, falar daquele assunto pelo telemóvel não era de todo aconselhável – Queria apenas ouvir a tua voz antes de
adormecer, desculpa se te acordei… -
enquanto embrulhava as minhas pernas nos lençóis. Deixei encostar a cabeça no
sofá ouvindo a voz dele.
- Tu sabes
que tens autorização para me acordares sempre que quiseres. Não me importo que
me acordes nem que seja apenas para ouvir a tua respiração perto do meu ouvido,
faz-me ter cada vez mais a certeza que é contigo que quero passar o resto dos
meus dias! – se eu achava que já tinha ultrapassado aquela fase em que me
envergonhava por tudo o que ele me fazia, estava enganada. Não sei como o
consegue fazer mas acaba sempre por me deixar completamente nas nuvens. Como se
o coração tivesse sido aconchegado, era uma das melhores sensações do mundo.
- Sabes que
este telefonema já valeu a pena só por te ouvir dizer isso, não sabes? – a
minha voz saiu praticamente inaudível tamanho era o meu estado de alegria.
- Faço os
possíveis e os impossíveis para que todos os segundos entre nós valham a pena.
– todas as palavras encaixavam no meu coração na perfeição. Sei que a perfeição
não existe mas são as imperfeições dele que me fazem ama-lo ainda mais.
- Acredita
que desde que esteja contigo todos os momentos valem a pena! – a minha voz
já denotava todo o cansaço que se apoderava do meu corpo e as pálpebras já começavam
a querer fechar-se lentamente.
-
E eu contigo, amor… -
sorri deliciada. Fechei os olhos momentaneamente e a imagem da Colbie voltou a
aparecer na minha mente deixando-me novamente insegura. Não o queria perder por
nada deste mundo.
- Amo-te
muito… - acabei por dizer de coração apertado, precisava de o ouvir dizer
também que me amava. Precisava de sentir que pertencia-mos um ao outro.
-
Eu também te amo muito… -
não resisti em sorrir apaixonadamente e o meu coração acalmou com a sua
afirmação.
- Olha,
amanhã preciso que venhas comigo a um sítio pode ser? – já estava a ouvir
uns barulhos estranhos a algum tempo mas ainda não tinha conseguido perceber o
que ele estava a fazer. Começava a ficar intrigada.
-
Claro que sim. –
respondeu prontamente – Já agora ficas também a saber que tenho
planos para nós, amanhã…
- Humm…muito
bem. – desta ouvi um barulho de uma porta a fechar e achei estranho. Ainda
há pouco estava a dormir… – isso foi uma
porta a fechar? – perguntei-lhe curiosa
- Não! Que
ideia mais disparatada é essa? Estou na cama… - o Harry devia ser a pior
pessoa a mentir, não tinha jeitinho nenhum.
-
Harry Styles estás a mentir-me, eu sei! – ouvi de novo uma porta a abrir e poucos segundos
depois o barulho do motor do carro do Harry – Isso agora foi o teu carro, tenho a certeza! Onde é que vais?
- Depois já
vês… - respondeu-me rapidamente
-
Harry! –
reclamei por ele não me dizer aonde é que ia aquelas horas – Porque não me dizes?
- Já disse
que depois vês, princesa! – não foi preciso esperar muito tempo até
perceber aonde é que ele iria. Após alguns minutos ouvi um carro a chegar à
casa da Nicole e ao aproximar-me da janela reparei que era ele. Ele vinha ter
comigo.
Assim que abri a porta, numa fracção de segundos,
tinha os olhos azuis esverdeados dele postos em mim e no momento seguinte já
estava envolvida pelos seus lábios num beijo calmo. As mãos frias mas macias
dele assim que tocaram na pele da minha cintura fizeram-me arrepiar até à ponta
dos cabelos. Tive que dar vários passos para trás por causa da pressão que ele
exercia sobre o meu corpo fazendo-me recuar para dentro de casa. Ouvi a porta
da entrada a bater devagarinho sem provocar grande barulho. Elevei as minhas
mãos à face do Harry por entre o beijo enquanto ele, com as suas mãos ainda na minha
cintura, me puxava para ele.
- Nós não
estamos sozinhos… - as minhas palavras saíram atropeladas pela minha
respiração ofegante. O nosso olhar prendeu-se por momentos e eu perdi-me em
todo aquele semblante. A pouca luminosidade da sala evidenciava toda a sua
beleza, o seu cabelo completamente despenteado, o sorriso que me cortava a
respiração e aquele olhar que me arrepiava a alma. Eu amava aquele rapaz, isso
tinha a certeza e não iria deixar de lutar por ele. A mão dele viajou até á
minha face, acariciando-a.
- Não sei
como é o que fazes mas deixas-me completamente desnorteado sempre que não estou
contigo, desejoso de te beijar… - enquanto plantava vários beijos pelo meu
pescoço – és a minha vida, o meu mundo
– começou a puxar lentamente em direcção às escadas, provavelmente para o meu
quarto enquanto me beijava.
-
Amor, o meu quarto está ocupado pelos pais da Nicole. – informei-o parando no inicio das escadas – Vou ficar a dormir aqui na sala, não podes
ficar… - Ele fez aqueles olhinhos impossíveis de resistir, aliás todo ele
era impossível de resistir.
- Por favor…
- colou a minha testa à dela e voltou a envolver os meus lábios nos dele num
beijo apaixonado. Acabei por deixa-lo ficar ali em casa mas antes pus o
despertador para que ele fosse embora antes que os pais da Nicole nos
encontrasse ali na sala. Não me arrependi por não ter aberto o sofá porque
assim ficamos ainda mais juntos. – Amo-te…
- sussurrou-me ao ouvido já deitados. Entrelacei as minhas pernas nas dele e
uma das mãos dele repousou na minha barriga. Não queria sair dali nunca mais.
owwwn adoooooooooorei *-*
ResponderEliminarOwn!! Estou a amar!! O Harry e a Mia são tão fofos!!!!
ResponderEliminarDesta é que não estava à espera! E eu, que sempre pensei que a Colbie fosse um anjinho...belo diabo que me saiu xb
ResponderEliminarEla quer luta, então é luta que ela vai ter, não é?!
Adorei a surpresa do Harry xb
Aquele rapaz é simplesmente algo do outro planeta, ahahah!
Olá!
ResponderEliminarEstou de acordo com a Diana, pensava que a Colbie fosse um anjinho. Mas nem tudo o que parece é.
Está perfeito. E o Harry foi um querido. Ai, era um sonho ter um namorado assim!
As tuas ideias são fantásticas.
Anciosa pelo próximo.
Beijinhos*