Moments
Harry encontrava-se deitado no sofá, algo
aborrecido pois não tinha nada para fazer, quando entrou pela porta de entrada
a sua irmã, Gemma.
- Maninho,
maninho! – chamou ela bastante sorridente, tentando captar a atenção do
irmão. Harry levantou um pouco a cabeça com muito pouca vontade para ver a irmã
– adivinha quem nos veio visitar? –
Harry fez uma cara de pouco interessado, não estava com disposição para ver
alguém – então?! Quem nos veio visitar
foi a Madison! – ao ouvir aquele nome, a primeira coisa que se lembrou
sobre a rapariga foi o facto de ela ter atropelado o seu gato de propósito e o
quase ter morto – ela veio da Austrália
para nos ver! Quer dizer, a ti não sei mas a mim veio ver de certeza.
- Ela quase
que matou o meu gato! – disse Harry resmungando enquanto se lembrava do
triste momento do seu gato
- Eu não
acredito que passados cinco anos, a única coisa que te lembras de mim, é o
facto de quase ter assassinado o teu gato! – falou Madison entrando dentro
de casa fazendo um ar de escandalizada mas também divertido
- Sim. –
respondeu enquanto se levantava do sofá para a ver – Eu quase que ficava… - assim que o olhar dele encontrou o dela,
paralisou. Aquela não era a mesma Madison que se tinha ido embora à cinco anos,
aquela rapariga que adorava irritar Harry só para o ver chateado. Já não era a
mesma rapariga que adorava vestir-se com roupas masculinas deixando de parte as
saias. Tinha crescido e a única palavra que passava pela mente de Harry era
deslumbrante. - …sem o meu gato. –
concluiu pasmado – Maddie?! –
exclamou esfregando os olhos para ter a certeza que estava a ver bastante bem
- Harry?!
– exclamou também, sorrindo. Embora o seu passatempo favorito fosse implicar
com Harry e deixa-lo chateado, tinha que admitir que ele a atraía de uma
maneira inexplicável. Talvez por isso se refugiava implicando com ele.
- És mesmo
tu? – ele continuava a não acreditar no que estava a ver – Bem, estás… - ele tentava procurar uma
palavra para exprimir a sua total surpresa – …diferente. – disse evidenciando bem a última palavra.
- Pois, uma
pessoa cresce. – Harry levantou-se de vez do sofá e cumprimentou-a – E tu também estás… - fez uma ligeira
pausa – …diferente! – concluiu no
mesmo tom de surpresa do que Harry.
- Harry, eu
convidei-a para ir connosco logo á noite à festa. Espero que não te importes…
- Gemma tentava não se rir da cara do irmão. Parecia que ele tinha acabado de
ver um anjo caído do céu.
- Não, claro
que não me importo. – respondeu não tirando os olhos de Madison
(…)
Assim que chegaram ao bar, após alguma procura,
conseguiram arranjar uma mesa para se sentar. A irmã de Harry acabou por os
deixar a sós e rapidamente a conversa começou a fluir. Falaram sobre tudo e
mais alguma coisa. Não era como à cinco anos atrás que acabavam sempre a
discutir, desta vez tudo corria pela perfeição. Apesar de ter passado todo
aquele tempo, Madison continuava a sentir o mesmo, aquela atração pelo rapaz de
olhos verdes.
- Vem
comigo! – pediu Harry junto ao ouvido de Madison por causa do barulho da
musica. Ela estava indecisa, não sabia se haveria de aceitar ou não – por favor. – finalizou. Madison sorriu
soltando um pequeno “sim”, não conseguia dizer que não aqueles olhos verdes. Harry
segurou na mão esquerda dela e conduziu-a através da multidão até á porta de
saída. Não houve qualquer troca de palavras desde que entraram no carro até ao
destino que Harry tinha escolhido. Percorreram o jardim em silêncio até
chegarem a um pequeno ribeiro. Era um local bastante calmo e silencioso e
devido às horas não havia sinais de movimento. Harry encostou-se a umas pedras
num local ainda mais escondido.
- Então?
– perguntou Harry com o olhar fixo no horizonte sem saber o que falar – vais ficar por aqui quanto tempo?
- Apenas um
dia. – disse Madison enquanto se encostava a uma de muitas árvores. Podia
ver a silhueta de Harry iluminada pelo brilho do luar que de vez em quanto
aparecia por de trás das nuvens – Vou-me
embora amanhã à tarde. – Concluiu o seu raciocínio quando desviou o olhar
dele.
- Já? –
Madison engoliu em seco. Não percebia aquela reação por parte dele, o porquê de
ele estar tão interessado na tempo da sua estadia.
- Sim. O
trabalho que o meu pai veio aqui fazer é rápido. – informou-o pausadamente
- Sabes uma
coisa, enganei-me hoje de manhã quando chegaste a minha casa. – Madison
olhou para Harry algo confusa. Não estava a perceber o que ele queria dizer com
aquilo – Disse que estavas diferente mas
afinal não estás – Harry continuava a olhar em frente não tendo qualquer
contacto visual com ela – o teu sorriso
continua como dantes… – o olhar de Harry foi ao encontro do de Madison – …perfeito. – concluiu com um sorriso
tímido. Madison nem acreditava no que tinha acabado de ouvir.
-
E eu a pensar que não me suportavas. – disse meia envergonhada e ainda com o sangue a
aflorar nas maças do rosto – Não vieste
despedir-te de mim no dia em que fui embora. – Madison vasculhou nas suas
memórias lembrando-se do dia em que tinha partido – Veio apenas a tua irmã. – suspirou tristemente
-
Tu quase que matavas o meu gato no dia anterior, querias o quê? – disse em jeito de brincadeira
- Outra vez!
– exclamou Madison – Tu destruíste o meu skate… - continuou num
tom de desaprovação pelo acto do amigo
- Porque
andavas sempre a tentar passar por cima do meu gato.
-
E para isso tinhas que o partir? – a conversa que tinha começado bem estava agora a
ir por outros caminhos. Era sempre assim, acabavam sempre a discutir. – Tinha sido um presente do meu avô para além
de que o teu gato era irritante! – resmungou
-
O meu gato não era irritante, tu é que eras. Fazias questão de me deixar
irritado logo de manhã. –
suspirou chateado – Sinceramente nunca
percebi qual o motivo de todo esse odio por mim.
-
Também não é para perceberes!
-
Lá vem o mau humor novamente…
- Mau
humor? Tu é que me tiras do sério! – Madison desencostou-se da árvore e iniciou o
movimento para se ir embora – vou-me
embora daqui. Já vi que não vale a pena conversarmos. Continuas o mesmo… –
mas antes que pudesse afastar-se muito, Harry correu para a apanhar
- Espera!
– pediu agarrando-a pelo braço. Madison virou-se aos poucos, encarando-o e ele acabou
por largar o seu braço – O que é que se
passa entre nós? – perguntou num tom a roçar o desespero.
- Como
assim? – perguntou sem perceber o significado da pergunta antes feita por
Harry
- Eu não te
quero chatear mas acabo sempre por o fazer e não percebo porquê. – ele
baixou o olhar mas Madison fez questão que ele voltasse a olha-la – Lembro-me de querer falar contigo calmamente
mas acabávamos sempre a discutir! Saía sempre frustrado e, sinceramente, é como
me estou a sentir agora. Parece que não sei falar quando estou contigo, não sei
exprimir o que sinto. – ela ouvia atentamente todas as palavras dele
entendendo-o na perfeição. Era o que se passava com ela também.
- E o que é
que sentes? – perguntou na tentativa de perceber se o que sentia era de igual
forma partilhado por Harry
- Não sei! E
tu?
- Eu também
não sei, Harry. – suspirou e relembrou alguns momentos passados com ele – Eu ficava furiosa contigo e só me queria
afastar mas não conseguia. Há algo que me atraia em ti que simplesmente não dá
para explicar. Sinceramente é isso que me irrita…
- Tu podes
não acreditar mas passasse o mesmo comigo. – respondeu com um sorriso – sinto exatamente o mesmo.
- Não
brinques comigo.
- É a mais
pura das verdades, acredita. Eu fico completamente desorientado quando estou ao
pé de ti e isso deixa-me doido. Não eras como as outras raparigas, sempre que
me aproximava de ti acabavas sempre a gritar comigo. – Harry desviou uma
mecha de cabelo que tinha ido para a frente dos olhos de Madison o que provocou
um arrepio por todo o corpo dela – é
normal estar a sentir o coração a bater de uma forma tão intensa que mais
parece que vai parar a qualquer momento e não conseguir controlar a minha
respiração?
- Não creio
que seja normal mas também estou a sentir o mesmo. – Madison baixou o olhar
para o chão – Acho que estamos a ficar
doentes… - Ele levantou delicadamente o rosto de Madison fazendo-a olhar de
novo para ele
- Se estar
apaixonado por ti for sinónimo de estar doente, então sim, estou doente.
- Harry,
vou-me embora amanhã. Não há como… - Harry não a deixou acabar a frase
pondo o dedo indicador nos lábios dela deixando-a sem reação.
- Shhh…nem
me lembres disso – ele aproximou-se mais um pouco do corpo de Madison pousando
uma das mãos na cintura dela enquanto a outra afastava o cabelo da frente do
rosto da mesma. Madison fechou os olhos assim que voltou a sentir o dedo
indicador nos seus lábios. Harry concluiu a aproximação pousando a testa na
dela. O pobre coração de Madison batia freneticamente contra o peito e não
havia oxigénio suficiente para satisfazer as necessidades do corpo. Estava
prestes a ser levada pelo rapaz de cabelos encaracolados que se encontrava á sua
frente – por favor, comete esta loucura
comigo. – disse Harry praticamente sem fôlego com a sua voz tão característica
e praticamente em sussurro. O corpo de Madison contorceu-se devido aquela
afirmação ao mesmo tempo que sentia os braços dele a ladearem a cintura. A
distância agora era mínima, a respiração de ambos estavam agora misturadas.
Madison sorriu e foi a confirmação que Harry tanto
desejava para poder unir os seus lábios aos dela. Tudo aconteceu de forma tão
natural como de perfeita, era como se namorassem desde sempre. Tudo se tornava
cada vez mais claro à medida que o beijo se intensificava. As mãos de Harry
começaram a explorar o corpo de Madison e a roupa não era mais do que um
simples obstáculo para o que ambos desejavam…
(…)
Harry foi o primeiro a acordar. Acordou da mesma
forma como adormeceu, com um sorriso no rosto. Rodou um pouco a cabeça e
encontrou Madison ainda a dormir serenamente. Sorriu novamente. Prestou atenção
a todas as feições do rosto dela e percorreu-o com a ponta dos dedos. Como se
estivesse a gravar no seu próprio corpo cada recanto de Madison. Após alguns
minutos a mexer-lhe no cabelo, Harry reparou que as pálpebras de Madison
começavam a dar sinais de que estava prestes a acordar. Uniu os seus lábios ao
dela para ter a certeza que ela teria o melhor acordar de sempre. Os seus olhos
castanhos foram abrindo-se aos poucos tornando-se mais brilhantes á medida que vislumbrava
Harry. Um sorriso aflorou-lhe nos lábios quando o viu sorrir e a formar aquelas
covinhas irresistíveis. Madison sentiu os longos braços de Harry a envolverem o
seu corpo para junto dele. Ficaram em silêncio durante uns longos minutos
aproveitando ao máximo aquele momento.
- Nem que
tenha de percorrer Austrália de uma ponta à outra quero voltar a ver-te. – disse
Harry quebrando o silêncio. Ela apenas sorriu timidamente e acabou por unir os
lábios – Prometo! – concluiu Harry
(…)
O pai de Madison já estava à sua espera enquanto se
despedia de Gemma e de Harry. Depois de um enorme abraço a Gemma foi-se
despedir de Harry.
-
Obrigada! –
foi a única coisa que Madison conseguiu dizer ao encarar de novo Harry. Ele
também não sabia muito bem o que dizer por isso depositou toda a sua força num
abraço. – Vamos voltar a ver-nos?
-
Nem que tenha que ir a nado para a Austrália! – Madison sorriu genuinamente e uniu os lábios aos
dele num beijo rápido. Deu um último beijo à Gemma e foi ter com o pai ao
carro.
- Então
maninho parece que tens novidades. Apaixonado? – perguntou divertida a irmã
de Harry assim que viu a Madison entrar no carro
- Completamente!
– exclamou sorridente.
Adorei!
ResponderEliminaruma única palavra: PERFEITO ;D
ResponderEliminarOoooh que fofinhos!
ResponderEliminarAbsolutamente LINDO!!!
ResponderEliminar*-*
Lindo!
ResponderEliminarEmocionante!!!!!
ResponderEliminarEscreves mesmo bem. Está muito bom, a sério! (;
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