Mas
que raio se passa comigo?! Estou a ser tão idiota…estou a fazer exactamente
aquilo que a Colbie queria, separar-me do Harry. Não posso deixar que isso
aconteça… Olhei
para trás e vi o Harry prestes a arrancar com o carro. A minha primeira reacção
foi pôr-me em frente do carro e foi isso que fiz. Um misto de surpresa e de
pânico estava estampado no rosto dele por me ver em frente ao carro. Talvez pensasse
que me tivesse magoado ou algo do género. Vi-o sair rapidamente do carro
bastante aflito.
- Mia, estás
bem? – perguntou-me de forma urgente de modo a receber uma resposta rápida.
Apenas acenei afirmativamente com a cabeça enquanto me olhava de cima a baixo
para ter a certeza que não tinha nenhum arranhão ou algo do género. Fi-lo olhar
para mim e após alguns segundos murmurei um “desculpa” quase inaudível.
Beijei-o sem esperar por qualquer tipo de reação por parte dele. As mãos dele
viajaram até ao fundo das minhas costas puxando-me para ele. – Tens noção que te podia ter magoado sem
querer? – o olhar dele espelhava preocupação e de seguida envolveu-me com
um forte abraço. – Nunca mais voltes a
fazer-me uma destas, o meu coração não aguenta…
- Não podia
deixar-te ir embora. – justifiquei-me – Estava
a ser uma parva, uma idiota, ciumenta… - parei por momentos e vi-o sorrir –
sabes, esta seria uma boa altura para me
fazeres calar e dizeres que não sou nada assim. Já agora aproveitavas e dizias
também que gostas muito de mim…
-
Não queres mais nada, não?
- Que
finalizasses tudo com um beijo…ficava muito agradecida!
- Então acho
que vou cumprir os teus desejos começando pelo beijo… - acariciou ao de
leve a minha face antes de unir de novo os nossos lábios – E não gosto de ti, eu amo-te com todo o meu coração. – a voz rouca
dele gravava mais uma vez no meu coração a certeza que o que nos unia era amor
– E não és nada parva e idiota, talvez
só um bocadinho grande ciumenta. – lançou-me um sorriso terno antes de
finalizar – mas eu gosto, melhor, eu amo!
- Obrigada
por seres o namorado mais compreensivo do mundo… - enquanto mexia
carinhosamente nos seus caracóis perfeitos. O sorriso rasgado que fazia
acentuava as covinhas que tanto amava.
- Eu é que
tenho que agradecer a Deus por te ter posto na minha vida.
-
Oh, que querido. –
ao mesmo tempo que lhe apertava as bochechas – Ainda queres ir ao tal sitio que me querias levar, ou já não te apetece
ir?
-
Claro que quero ir!
(…)
Passei todo o caminho a tentar descobrir para onde
é que me levava mas ele não se descoseu. O rapaz era mesmo teimoso e quando se
lhe metia alguma coisa na cabeça não saía por nada deste mundo. Divertiu-se
todo o caminho a cantar e a tentar fazer-me cantar mas não, não cantei. Era um autêntico
terror a cantar. Ele acabou por estacionar o carro e ainda estávamos em plena
cidade de Londres. Continuava a não me dizer aonde me levava mas com o tempo
acabei por desistir. Seja que qualquer lugar fosse, com o Harry tudo seria
perfeito.
(…)
- Não
acredito… - exclamei, à minha frente tinha o magnífico London Eye. À medida
que aproximávamos ainda me parecia maior do que alguma vez sonhara. – Quero andar! Quero andar! Podemos ir? –
digamos que mais parecia uma criança a tentar convencer os pais a andar nos carrosséis
do parque de diversões
- Porque é
que achas que te trouxe aqui? – entrelaçou os meus dedos nos dele e
puxou-me suavemente para a enorme fila que havia à nossa frente – Sabia que querias andar e é o que vamos
fazer. – sorri apenas.
A fila era enorme por isso tivemos que ficar ainda
uns largos minutos à espera para além de que o tempo não ajudava. O típico céu
enublado Londrino estava de volta e a qualquer momento podia começar a chover. Os
braços de Harry envolveram o meu corpo numa tentativa de não me deixar ter
frio. Nem eu nem ele tínhamos casaco e a temperatura tinha descido rapidamente.
Só queria que aquela fila andasse o mais rapidamente possível. Quando
finalmente chegou a nossa vez entrei bastante sorridente. Aquilo era giríssimo.
Sentamo-nos no banco e após alguns segundos senti um pequeno solavanco, a roda
tinha começado a andar. Encostei a minha cabeça ao ombro do Harry e coloquei as
minhas pernas em cima das dele. A paisagem que aparecia aos poucos da cidade Londrina
era magnífica mesmo cheia de nuvens era realmente linda e única. Queria
congelar aquele momento, que o tempo simplesmente parasse. Cruzei o meu olhar com
a face dele e vi-o olhar atentamente pelo vidro, depositei um leve beijo no
pescoço procurando a sua atenção. Sorriu para mim, aqueles olhos ainda continuavam
a ser um mistério para mim, ainda me arrepiavam dos pés à cabeça. Percorreu a
linha do maxilar com pequenos beijos antes de juntar os nossos lábios.
Quebramos o beijo e desfrutamos da paisagem que se via através do vidro.
- Não vais
atender? – perguntou-me plantando um suave beijo na ponta do nariz. O meu
telemóvel começara a tocar mas não queria estragar aquele momento perfeito.
- Neste
momento, não há nenhum telefonema mais importante que estar aqui contigo. Seja
o que for, pode esperar – uniu os nossos lábios de novo num beijo
apaixonado. Senti aos poucos as mãos dele a subir por debaixo da minha
camisola. Fomos de novo interrompidos pelo meu telemóvel.
- Acho que
vais ter mesmo que atender… - suspirei. Devia ser mesmo importante,
procurei o meu telemóvel no meio da bagunça que era o interior da minha mala.
Lá o consegui encontrar, era o Brian.
- É o Brian!
– O Harry fez uma cara pouco alegre mas mesmo assim atendi pondo em alta-voz, não
queria criar conflitos com ele – Olá!!!!
- exclamei
- OLÁ!!!!!!!!!!!!!!!
– a minha sorte é que não tinha o telemóvel perto do ouvido senão já estaria
surda. O Harry até se assustou com tamanha gritaria – como é que está a minha portuguesa favorita? Que por acaso é única mas
isso não precisas de saber…
- Tu
acabaste mesmo de dizer isso? Ok, não interessa! – disse enquanto tentava
controlar o riso – Aqui a portuguesa
está muito bem e pelos vistos o meu surfista preferido também. Diz-me lá o
motivo de tanta felicidade?
-
Fiz uma coisa que provavelmente não vais gostar… - disse meio a medo, o Harry olhou-me também com
cara de medo.
- Se já
sabias que não ia gostar porque é que o fizeste?
-
Porque gosto de ti…
-
Oh, isso é muito inteligente não haja dúvida! – ironizei – mas diz
lá, em que me meteste? – já começava a ficar preocupada com o que aquela cabecinha
andou a trama, nunca vinha nada de jeito daquele lado.
- Como te
disse, fui-me reunir com a equipa da sessão fotográfica e digamos que acabei
por falar de ti. – fez uma pequena pausa provavelmente esperando uma reação
minha – Eles ficaram interessados e
pediram-me se não te podia levar amanhã…é muito mau?
- Eu pensei
que fosse algo muito pior. – suspirei de alivio – Até gosto da ideia mas primeiro tenho que ver se não tenho planos para
amanhã… - olhei para o Harry à espera de uma resposta
- Não te
preocupes comigo, se quiseres podes ir. – respondeu-me – Amanhã tenho ensaio da banda durante todo o
dia por isso estás por tua conta…
- Brian,
pode ser, conta comigo! – esperava por uma reação efusiva mas nada disso aconteceu
– Brian? Ainda estás aí? –
continuava num silencio absoluto – Que
se passa?
- Espera…
- finalmente falou – onde é que estás?
– perguntou-me
- No London
Eye com o Harry, porquê?
- Tu por
acaso sabes qual é o significado do botão vermelho do teu telemóvel? Serve
para rejeitar a chamada… – disse bastante sério – A sério rapariga? Tu não existes mesmo! Vou desligar porque não vos
quero estragar mais o dia…Adeus! – fiquei parva a olhar para o telemóvel,
ele tinha desligado a chamada.
-
Acho que começo a gostar do teu amigo… - enquanto me tirava o telemóvel da mão e o
guardava dentro da minha mala novamente – onde
é que íamos mesmo? – olhou-me intensamente antes de envolver os meus lábios
nos dele. As minhas mãos embrenharam-se nos inúmeros caracóis dele. O barulho
da roda a parar fez-nos despertar de novo para a realidade.
(…)
Dia seguinte
- Bom dia
Brian! – cumprimentei-o á porta do hotel onde estava instalado, ele vinha
bastante bem disposto – pronto para
seres fotografado durante horas e horas a fio? – ele não me parecia muito
ciente que o dia seria bastante cansativo
- Não te
preocupes, vai ser canja! – enquanto punha o braço em redor dos meus ombros
puxando-me em direcção ao carro que nos levaria para o local da sessão. Quando chegamos ao estúdio explicaram-nos que
odia estava divido em duas sessões, a da manhã e a da tarde. Estava mesmo
entusiasmada já que nunca tinha feito nem visto nada do género. Cada vez tinha
mais a certeza que era aquilo que queria para o resto da minha vida.
(…)
A sessão fotográfica já tinha acabado e estava à
espera que o Brian acabasse de se vestir para podermos ir embora. Quando ele
chegou já com as suas roupas normais o meu telemóvel começou a tocar, era sinal
de mensagem.
Amor,
eu e os rapazes decidimos ir jantar e depois vamos sair. Espero que não te
importes…amo-te Harry
Não
te preocupes…vocês merecem divertir-se! Amo-te
-
Mudança de plano, Brian! –
anunciei enquanto guardava o telemóvel no bolso de trás das minhas calças – Acho
que me vais ter de aturar o resto da tarde e a noite…alguma ideia? – ele olhou
para mim com cara de “morto-vivo”. Estava mesmo cansado.
- Eu juro
que gosto muito de ti mas preciso de um banho e de uma cama urgentemente! –
enquanto apoiava a cabeça no meu ombro – para
além de que este tempo não ajuda! Vou chegar a casa completamente pálido, ninguém
me vai reconhecer… - fiquei com cara do tipo “o que é uma coisa tem a ver
com a outra”, coisas à Brian.
- Que
exagero! – enquanto o abanava para ver se ele ficava mais desperto – o tempo não é assim tão mau…
-
Já olhaste bem para ti? Já não te via tão branca desde que foste para São
Francisco…
-
É o tempo aqui em Londres, não há como fugir! – finalmente tinha tido uma ideia para o que fazer
o resto do dia – Já sei o que vamos
fazer, que tal um filme?
- Excelente
para eu dormir… - sorri. Tinha pensado em ir ao cinema mas com o Brian
naquele estado adormecia no primeiro segundo. Por isso era melhor vermos um
filme em casa, que neste caso seria no hotel. Escolhi um filme de terror mesmo
odiando esse tipo de filmes mas nem isso fez com que ele se aguentasse
acordado, quando olhei para ele já estava a dormir. Acabei por adormecer
também.
(…)
Acordei com o Brian a mandar-me com almofadas para
cima de mim. E antes que pudesse reagir já tinha agarrado os meus pés e começou
a puxar-me para fora da cama. Ainda tentei espernear e agarrar-me à cabeceira
da cama mas ele era mais forte que eu, muito mais forte.
- Estás tão
feito… - reclamei fula já sentada no chão. O Brian ria-se que nem um
perdido ao ver a minha figura toda descabelada e provavelmente com cara de quem
estaria pronta para matar alguém.
- Vou tomar
banho!!! – informou-me rapidamente ao ver-me a levantar do chão. Aquele
rapaz conseguia pôr o meu dia a começar cá de uma maneira. Suspirei ao vê-lo
entrar na casa de banho e a trancar a porta.
- Ouve lá,
tens medo que te coma é? – gritei para que ele me ouvisse – Precisas de trancar a porta?
-
Contigo assim, tenho! Ainda me suicidas! – não estava a acreditar no que ele acabara de
dizer
- “Suicidas”?!
Acabaste mesmo de dizer essa estupidez? – ouvi-o rir do outro lado da
porta, tinha que começar a gravar o que ele dizia, dava um excelente livro sem
duvida. Levantei-me do chão e peguei no telemóvel, tinha que ligar ao Harry.
Ainda devia estar a dormir mas mesmo assim decidi arriscar em acorda-lo. Depois
de alguns bips alguém atendeu a chamada.
- Estou?
– perguntam calmamente do outro lado, uma voz feminina não desconhecida da
minha mente
- Colbie?
– perguntei incrédula. Olhei de rompante para o relógio e este apenas marcava
as oito horas e doze minutos. Como é que eles já podiam estar juntos e porque é
que era ela a atender o telemóvel.
- Olá Mia!
– exclamou num tom nitidamente vitorioso tentando irritar-me – Queres alguma coisa?
- O Harry?
– perguntei tentando manter o mais calma possível
- Oh, o
Harry…pois, ele neste momento não pode atender.
-
Onde é que está o Harry? –
perguntei novamente fazendo-a responder
- Ele ainda
está a dormir. Sabes, a noite foi muito cansativa para nós... Queres deixar
recado? – não queria acreditar no que acabara de ouvir, as lágrimas já
cobriam o meu rosto ainda antes de desligar a chamada.
Espero que gostem!!
Tenho que avisar que a fic está a entrar na recta final, está previsto serem mais ou menos mais dez capitulo, dependendo da minha imaginação!
Deixem as vossas opiniões, são mesmo muito importantes...
beijinhos
O capítulo está tão perfeito mas estou num estado horrível de curiosidade por causa da Colbie. Publica rápido para saber o que está a tramar se não acho que expludo de curiosidade *_* é pena que a fic esteja a acabar para deixa-me dizer-te que esta foi a melhor que eu já li em tida a minha vida =D Bjinhos <3
ResponderEliminarOMG AGORA É QUE VAI SER *.*
ResponderEliminarVai acabar? Não acredito! Como é que eu vou sobreviver sem a melhor fic do mundo? ;( Mas vais começar outra, certo? Tipo, uma ainda melhor? (Como se fosse possível!) Ahahah, escreves tão bem! E tens tanta imaginação! Acho que estou viciada ;)
ResponderEliminarBeijinhos
tens que começar a meter todos os dias, estou a ficar viciada *-*
ResponderEliminaramo todos os capitulos , melhor fic que ja li :) continua, tens muito jeito. bjs
Adorei o capítulo!
ResponderEliminarA surpresa do Harry para a Mia foi tão linda *.*
O Brian quando aparece é sempre um momento cómico xb
Estou super curiosa para saber o que a estúpida da Colbie estava a fazer com o Harry, ai estou, estou ^^
Que horror! A Colbie está sempre a estragar tudo! Adorei o capítulo!
ResponderEliminarFoste nomeada para o Liebster Blog Award :)
foi um capítulo mesmo fofinho *.*
ResponderEliminara Colbie é q tinha de se meter :s
gostei mt