quinta-feira, 5 de julho de 2012

34º Capitulo - O meu coração pertence apenas a uma pessoa



(Mia)

Estes dias têm sido um martírio. Tenho passado a maior parte do tempo a olhar para o telemóvel á espera que o Harry me telefonasse, que dissesse alguma coisa, que desse sinais de vida. Ele já sabia que eu e o Louis não tínhamos nada e mesmo assim não falava comigo.

Levantei-me da cama depois de não ter pregado olho durante a noite. Nos últimos dias podia contar pelos dedos das mãos o número de horas que tinha dormido. Preparei-me e arranjei o vestido que iria usar no lançamento e guardei-o dentro de um saco próprio para o efeito. Não podia sair de casa já vestida pois ainda havia pormenores a ser tratados.

(…)

- Excelente trabalho, Mia! – disse-me o realizador depois de ver-mos pela última vez o DVD – Tenho uma ligeira impressão que me vou dar bem a trabalhar contigo. – sorri. Queria mesmo mostrar uma cara mais entusiástica mas não conseguia deixar de pensar no Harry.

- Bem, se é assim, vou-me mudar! – peguei no meu vestido e fui para os vestiários.

(…)

Os convidados começavam a chegar e não havia sinais deles. O meu coração parecia uma bomba relógio prestes a explodir no momento em que visse o Harry a entrar por aquelas portas. Fui apresentada a algumas pessoas que deviam ser importantes porém a minha atenção estava completamente centrada na porta. Desviei-me das pessoas com quem estava e fiquei num sítio mais recatado.

- Mia… - um arrepio gélido percorreu todo o meu corpo assim que ouvi a voz rouca de Harry. No mesmo instante em que disse o meu nome, o meu corpo projetou-se contra o dele devido à força que tinha exercido sobre o meu braço, puxando-me para ele. Abracei-o com toda a alma, não queria que aquele momento acabasse. De novo o perfume dele me deixava inebriada. Queria que aquele perfume voltasse a fazer parte do meu corpo. O meu corpo foi-se afastando lentamente do dele até os nossos olhares se encontrarem. O Harry passou com a mão dele pela minha face, acariciando-a. – O Louis já sabe de nós! – falou de rompante deixando-me com cara de “parva” a olhar para ele.

- O quê? – não estava a acreditar no que tinha acabado de ouvir – Preciso de falar com ele! – a última coisa que queria era tê-lo a odiar-me

- Espera! Eu já falei… - ainda estava tão surpreendida que nem o deixei continuar a falar

- Vou procurar o Louis! – depois de alguns minutos consegui encontrar o Louis juntamente com o Niall na zona da comida –  Louis! – exclamei assim que o vi. Ele olhou-me algo surpreendido por me ver mas nem liguei. – Perdoa-me. Eu sei que te devia ter dito logo quando falamos mas não consegui. Desculpa! – disse tudo de uma vez. Ele continuava a não perceber muito bem o que estava ali a fazer. Ele pousou as mãos nos meus ombros.

- Mia, quem te contou isso? – perguntou calmamente. Estranhei aquela atitude tão soft.

- O Harry mas… - eu ia continuar a falar mas ele interrompeu-me

- E porque é que não estás com ele?!

- Porque queria esclarecer as coisas contigo, não queria que ficasses chateado comigo. – disse. Para mim era bastante óbvio o porquê de ter vindo falar com ele.

- Só por acaso ouviste tudo o que o Harry tinha para te dizer? – abanei negativamente e pela cara dele, tinha acabado de fazer alguma coisa que não devia.

- Fiz asneira não foi? – acabei por perguntar, receosa.

- Vá, não há de ser nada!  

(…)

Andei à procura do Harry mas não havia sinais dele em lado nenhum. Boa, tinha acabado de estragar tudo! Como não o encontrava acabei por falar com umas pessoas que pelos vistos também andavam à minha procura.

- Mia! – ouvi alguém a chamar-me, olhei em redor e vi o Louis a aproximar-se de mim – Tens que levar o Harry para casa! – fiquei a olhar para ele sem perceber o que ele queria dizer com aquilo – Digamos que ele bebeu um pouco a mais do que devia! – suspirei. Despedi-me das pessoas e fui com o Louis até ao elevador que nos ia levar até à garagem onde estava os carros. Assim que entrei no elevador vi o Harry a fazer uns movimentos um bocado estranhos e patéticos. E ele ria-se, como se tivesse muita graça! A Nicole também se ria e o Niall ia pelo mesmo caminho. Será que era só eu a não achar piada nenhuma? Pudera, iria ser eu a atura-lo até casa!

O Zayn e o Louis levaram-no até ao carro e o Harry só se ria. Isto parecia um filme de terror. Depois de apertarem o cinto fecharam a porta e o Louis deu-me as chaves do carro.

- Vai com cuidado. Este é o “menino” do Harry… - sorri com a afirmação do Louis. Peguei nas chaves e comecei a ouvir música que vinha de dentro do carro – parece-me que vais ter uma longa viagem! – despedi-me deles e entrei no carro. A primeira coisa que fiz foi baixar o volume da música pois estava muito alta, o que provocou uma reação negativa por parte do Harry.

- Harry anda lá, colabora comigo! – enquanto voltava a baixar o volume da música que ele tinha aumentado novamente. Ele fez uma expressão de amuo muito engraçada e de seguida encostou a cabeça dele no meu ombro. – Assim não consigo conduzir. – reclamei. Ele nada disse nada e por isso estranhei. – Harry! – chamei-o enquanto colocava a chave na ignição para pôr o carro a trabalhar.

Olhei de novo para ele e foi aí que percebi que já estava ferrado a dormir. Suspirei. Com algum cuidado consegui desencosta-lo de mim e tentei pô-lo numa posição confortável no carro para não o acordar. Quando tive a certeza que estava bem pus-me a caminho de casa. Estava bastante atenta à estrada mas, de vez em quando, o meu olhar desviava sempre para o rapaz de cabelos encaracolados que estava ao meu lado. Apesar do estado em que se encontrava, a sua expressão a dormir continuava a proporcionar-me o sorriso mais genuíno. Cada vez tinha mais a certeza que só havia um rapaz capaz de me fazer realmente feliz.

O caminho até casa foi mais longo do que o normal, ainda não estava habituada a conduzir nas ruas de Londres e do lado esquerdo por isso ia com medo de cometer alguma infracção grave. Estacionei o carro e agora vinha a segunda parte da missão, levar o Harry para casa. – Acorda…Harry, acorda! – enquanto o abanava delicadamente para também não o assustar. Após alguns segundos as pálpebras começaram a descolar-se e uma cor avermelhada surgiu nos seus olhos. Ele definitivamente não esta bem. Fez uns gestos um bocado estranhos e elevou as mãos à cabeça. – Vou abrir a porta do teu lado, tem cuidado. Não te encostes! – informei-o praticamente a sussurrar para não o incomodar. Saí do carro e fui abrir a porta de casa para facilitar o trabalho e para me descalçar também. Voltei de novo para o carro já de chinelos e abri a porta do lado dele. – Vamos para casa, já vais ficar melhor. – retirei-lhe o cinto de segurança e ajudei-o a sair. Apoiei-o em mim e para surpresa minha, foi muito mais fácil leva-lo para casa do que estava à espera. Ele conseguia manter-se minimamente em pé. Fechei a porta atrás de mim com o pé e encaminhei-o para as escadas. Subimos as escadas muito devagar até à casa de banho e rapidamente se sentou numa cadeira que lá havia. – Vais tomar um banho de água fria. Vai-te fazer bem antes de ires para a cama.

Ele olhou para mim e emitiu um gemido estranho. Não percebi logo á primeira mas assim que colocou as mãos no estômago fez-se luz na minha cabeça. Ele ajoelhou-se rapidamente em frente da sanita e os sons provocados pelos vómitos davam-me volta ao estomago. Saí da casa de banho por instinto mas voltei a entrar, não o podia deixar sozinho. Ajoelhei-me também ao lado dele e afastei o cabelo da frente da cara dele prendendo-o com a mão. Não sabia o que fazer para o reconfortar. Assim que a situação se acalmou, ajudei-o a levantar-se e passei-lhe água pela cara. – consegues manter-te em pé? – ele apenas abanou afirmativamente com a cabeça – vou tirar-te a roupa para tomares banho!

Assumi o seu silencio como um sim. Retirei-lhe o casaco e de seguida a camisa branca. Foi das situações mais estranhas de sempre. Comecei a desabotoar os botões e com o aparecer do tronco nu dele comecei a sentir um calor a invadir o meu corpo dos pés à cabeça. As minhas mãos tremiam bastante enquanto tentava controlar a minha respiração já bastante descompassada. Cheguei ao final dos botões sem me atrever a olha-lo nos olhos e tirei a camisa pousando-a na cadeira. O corpo dele tinha mudado bastante desta a última vez que o vira assim. Os abdominais estavam agora muito mais definidos e por isso dava-lhe um ar fisicamente mais atraente.

Não sei porque o fiz, talvez um acto inconsciente do meu coração, talvez no meu interior o quisesse fazer. Pousei a minha mão no seu tronco nu podendo sentir o resultado de todas as horas de ginásio. Assustei-me com a velocidade frenética dos batimentos cardíacos dele e em como estava sincronizado com o meu. Tinha a certeza que ele tinha os olhos postos em mim, conseguia-o sentir a tentar perceber o que eu estava a sentir. Perdi a noção do tempo, do espaço, de tudo.

Nem sei como voltei á realidade e voltei a concentrar-me no que estava a fazer. Ele retirou os sapatos e eu ajudei-o a tirar tanto as meias como as calças. Quando vi as mãos dele a irem na direcção dos bóxeres, travei-o. – É melhor ires assim! – ele cedeu ao meu pedido e encaminhou-se para a banheira. Liguei a torneira assim que o vi preparado. Reclamou da água gelada mas tinha que ser. Enquanto isso procurei uma toalha no armário e dei um saltinho ao quarto dele para lhe ir buscar uns bóxeres lavados. Quando voltei desliguei a torneira e embrulhei-o na toalha para se secar. Pela primeira vez os nossos olhares chocaram. Estremeci. Haviam demasiados sentimentos ao mesmo tempo a fluírem no meu peito. Era como se houvesse uma força invisível a puxar-me constantemente para junto dele. Fechei os olhos no intuito de quebrar aquele desejo porém não desapareceu. Aumentava cada vez mais.         

- Obrigada! – a sua voz rouca deu lugar a qualquer coisa praticamente irreconhecível. Abri de novo os olhos e peguei noutra toalha mais pequena para limpar a cabeça. Fiz alguns movimentos circulares com a toalha na cabeça para lhe secar o cabelo. Não devia ser nada agradável deitar-se com o cabelo encharcado. Assim que terminei notei na perfeição dele. Podia ter o cabelo completamente despenteado e com um ar um bocado estranho e mesmo assim, continuava lindo e perfeito como sempre.        

- Toma. Troca-os! – enquanto lhe dava os bóxeres para a mão. Saí da casa de banho fechando a porta atrás de mim. Sentei-me na cama do Harry com a sensação de que o meu corpo iria explodir a qualquer momento. Ouvi a porta a abrir-se e ele já vinha com uma cara bem melhor do que quando entrou na casa de banho. – Agora dorme que bem precisas. – quando ele levou as mãos à cabeça é que me apercebi que talvez tivesse falado alto de mais – desculpa. – levantei-me e afastei o lençol para se poder deitar. – vou dormir na sala. Se por algum motivo precisares de mim é só chamares… - informei-o assim que ele se deitou na cama – dorme! – dei-lhe um beijo na testa e encaminhei-me para a porta.

- Mia! – a mão dele veio de encontro à minha travando o meu movimento de saída. De uma forma muito natural os dedos entrelaçaram. Foi a melhor sensação de sempre, como se voltasse a estar completa. Aquele sorriso estupidamente apaixonado apareceu-me no meu rosto.




Espero que tenham gostado!
Deixem as vossas opiniões/sugestões, são sempre importantes =)

Dri

11 comentários:

  1. Harry bebado, awesome ahah
    ao menos já estão um com o outro só é preciso que o Harry fique sobrio e converse com a Mia
    Gostei do capitulo (:

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  2. Adorei! Aliás como sempre...espero ansiosa pelo próximo.
    Bia xx

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  3. Porque é que a Mia não deixou o menino lindo falar? Ai Mia, Mia.
    Adorei minha querida, não digo que me continuas a surpreender pois já estou habituada a que todos os capítulos sejam perfeitos.
    Excelente trabalho.
    Não tenho recebido comentários teus, mas espero que esteja tudo bem,
    Beijinhos

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  4. ó pá, a tua fic é a uma das melhores que eu já li, se não a melhor :)
    continua assim ;)

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  5. ó meu deus, que perfeição :D
    o próximo nao pode demorar muito, nao aguento, publica o mais rápido possível, pf :)

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  6. Concordo, plenamente com a Alice*! A tua história é mesmo uma das melhores histórias que já li em toda a minha vida, e olha que não exagero!! xD
    E se continuares assim podes ter a cetteza que convido um escritor altamente famoso para ler esta história e aí podes crer que ele te quer ver a publicar um livro rapidamente!!! :p

    <3 <3

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  7. Ai tens mesmo que pôr o próximo rápido, que isto é muito stressante esperar! Está muito bom :)
    -Rita

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  8. Eu sou uma esquecida, o problema é que recebo mais do que uma "dri" no blogue e nunca sei quando és tu ou não. sim, tinhas comentado o post.
    Acho que já me tinhas dito qual era o desporto que praticavas, mas achas que posso saber de novo? ahahah
    Beijinhos querida

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  9. Está lindo.
    estou cheia de curiusidade para saber o que é que o Harry vai fazer.
    publica rápido

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