- Posso
fazer uma pergunta? – perguntou-me enquanto se voltava a levantar e a
sentar-se na cama, eu apenas acenei afirmativamente com a cabeça sem nunca
largar a mão dele. Ainda demorou alguns segundos até ter coragem de falar – porque é que voltaste para Londres? Porque
é que não continuaste em São Francisco?
- Harry,
acho que é melhor termos esta conversa amanhã. – respondi calmamente e
praticamente em sussurro – Hoje não
estás nas melhores condições e de certeza que amanhã já não te lembras do que
disseste ou ouviste nesta noite.
-
Tudo o que tenha haver contigo, eu lembro-me de cada detalhe. – acabei por me sentar no chão á frente dele – Por favor, diz-me, por algum momento
passou-te pela cabeça poderes encontrar-me?
- Sim. –
respondi sinceramente e ele esboçou um sorriso – O que mais queria era encontrar-te mas não tinha coragem de ir ter
contigo. Eu sei que pode parecer estupido mas só o facto de voltar para aqui
fazia-me sentir mais perto de ti, entendes? Acho que se a Nicole não vos
tivesse conhecido, nunca teria coragem de te procurar. – fiz uma ligeira
pausa – porque é que não foste ter
comigo?
- Eu queria,
juro que queria. Tive vezes sem conta prestes a comprar um bilhete para te ver
mas nunca se concretizava. Tinha medo de te encontrar com outro rapaz. Tinha
medo de descobrir que o que nos unia tivesse desaparecido. Ser eu apenas o
único a querer que a nossa relação voltasse… - vi-o sorrir como se tivesse
acabado de lembrar da melhor coisa do mundo – Sabes, lembro-me na perfeição, com todos os detalhes do nosso momento.
Quando tivemos juntos pela primeira vez…
***
-
Amor… - o Harry vinha a descer as escadas quando me chamou. Ele tinha dito que
precisava de ir ao piso de cima para preparar-me uma surpresa. Estava realmente
ansiosa para descobrir o que ele andava a tramar. Peguei no comando da
televisão e desliguei-a. – já está tudo pronto! Mas… - eu ia levantar-me porém
ele não me deixou. Pegou numa venda e mostrou-ma. – Vais ter que pôr isto! –
devo ter feito uma cara mesmo feia pois ele manifestou-se logo a seguir – não
faças essa carinha! É só até lá cima…
-
Está bem… - acabei por me resignar. Ele colocou-me a venda nos olhos e assim
que terminou começou a roubar-me beijos – isso não vale Harry! – reclamei com
ele mas não parou.
Pegou-me
ao colo para me facilitar a subir as escadas e pousou-me no chão poucos
segundos depois. Ouvi uma porta a abrir-se e fiquei algo receosa. Não sabia o
que esperar. Senti as mãos dele a desapertarem o nó que prendia a venda. Em
menos de nada senti os meus olhos descobertos e fiz questão de os abrir
rapidamente para acabar com aquela ansiedade. Fiquei arrebatada com o que tinha
acabado de ver. O quarto dele estava repleto de pétalas de rosas vermelhas juntamente
com algumas velas acesas.
-
Gostaste? – perguntou-me com aquela voz rouca bem perto do meu ouvido que
continuava a arrepiar-me. Virei-me para ele e encarei aqueles olhos verdes que
esperavam por uma resposta minha. Pus-me em biquinhos de pés e rocei o meu
nariz no dele fazendo-o sorrir. Coloquei os meus braços em redor do pescoço
dele e finalmente uni os nossos lábios num beijo apaixonado enquanto entrelaçava
os meus dedos nos inúmeros caracóis do cabelo dele – Isso é um sim? – um enorme
sorriso esboçava-se no rosto dele e isso deixava-me verdadeiramente feliz. Cada
vez que o via assim, era só mais uma certeza para mim de que ele fazia-me
feliz, e eu a ele.
-
Com todas as letras! – voltei a beija-lo. Ele começou a empurrar-me lentamente
para trás sem nunca deixar os meus lábios. Ouvi a porta do quarto a fechar e
por momentos deixei de sentir uma das mãos dele na minha cintura. Voltei de
novo a sentir a mão dele mas agora no meu pescoço. Quebramos o beijo mas
continuamos com as testas unidas.
-
Amo-te muito! – disse-me enquanto brincava com o meu cabelo. Sorri apaixonadamente.
Voltei de novo a beija-lo cedendo a passagem à sua língua. As mãos dele
começavam agora a percorrer o meu corpo por debaixo da minha camisola com algum
fervor. Quando senti as mãos dele prenderem as pontas da camisola elevei um
pouco os braços facilitando a sua retirada. As minhas calças acabaram por
desaparecer do meu corpo e as roupas dele também deixaram de fazer parte do seu
corpo. Ele prendeu o meu corpo ao dele, ambos apenas em roupa interior, e levou-me
em direção à cama. Deitei-me na cama afastando as pétalas de cima dela. Ele
deitou-se cuidadosamente por cima de mim começando a percorrer o meu pescoço
com leves beijos. Sempre que demorava um pouco mais e sentia a respiração dele
descontrolada contra a minha pele causava-me inúmeros arrepios. As mãos dele
exploravam o meu corpo fazendo-me descobrir sensações novas e únicas. A minha
temperatura corporal aumentava a cada beijo e o desejo também. As mãos dele
pararam na parte de trás do soutien e olhou-me hesitante. – Tens a certeza,
amor?
- Tenho
amor. – disse respirando fundo para recuperar o folego. Ele voltou a unir os
nossos lábios e as únicas peças que nos separavam rapidamente desapareceram. –
Amo-te! – disse praticamente em sussurro e com o coração a mil.
(…)
Abri
os olhos depois de me aperceber que o Harry roçava o nariz nas minhas bochechas
numa tentativa de me acordar. Ainda com a vista um pouco turva prendi o meu
olhar ao dele e ficamos assim durante largos minutos, sem precisarmos de
palavras para descrever o que naquele momento sentíamos. Aliás, não havia
palavras algumas que pudessem descrever o que tinha acabado de viver.
-
Que horas são Harry? – perguntei com a cabeça pousada no peito dele enquanto
ele acariciava a minha face.
-
São sete e meia da tarde… - respondeu-me calmamente mas depois de ver a minha
cara séria é que se apercebeu que já estava atrasada – Tens mesmo que ir? –
perguntou fazendo beicinho
- Se
não chegar a casa dentro de quinze minutos, os meus pais matam-me! – informei-o
– Tenho mesmo que ir, desculpa… - levantei-me da cama enquanto apanhava a minha
roupa para me vestir. Quando já estava pronta, ele abraçou-me por trás
fazendo-me virar-me para ele. Sem estar á espera, roubou-me um beijo.
-
Não consigo expressar por palavras o que me fizeste sentir esta tarde,
princesa. – acabou por dizer enquanto entrelaçava os meus dedos aos dele – sou o
rapaz mais sortudo do mundo
-
E eu a rapariga mais sortuda do mundo… - abraçamo-nos e ficamos assim alguns
segundos. Peguei na minha mala e descemos para nos despedirmos. – Amo-te muito…
- dei-lhe um último beijo e fui-me embora. Demorei cerca de dez minutos a
chegar a casa e quando lá cheguei deparei-me com o pior cenário de sempre da
minha vida. Estava tudo empacotado. – O que é que se passa aqui? – perguntei as
meus pais com os olhos cheios de lágrimas – Importam-se de me explicar?
-
Filha… - começou a minha mãe – Vamos viver para São Francisco, amanhã!
***
- Foi o
momento mais especial da minha vida, Harry. – confessei – Eu juro que não sabia que me ia embora, só
soube quando cheguei a casa e vi que tinha as malas todas feitas. – as lágrimas
voltaram de novo aos meus olhos ao relembrei daquele momento – Passei a noite toda acordada a pensar numa
maneira para te dizer mas não consegui. Não te queria magoar…
- Eu sei e
agora compreendo. – ouvi-lo dizer que me compreendia era uma das melhores
coisas que ele me podia dizer – Desculpa-me
por te ter tratado daquela maneira quando chegaste. Reagi assim porque tinha
medo que já não sentisses o mesmo que eu, que já não fizesse parte da tua vida.
Tu és a pessoa mais importante da minha vida e não te quero perder por nada
deste mundo… - ficamos ambos em silencio, apenas a contemplar-nos. Não
haviam palavras para aquele momento.
- Acho
melhor terminarmos esta conversa amanhã… - acabei por dizer. Estávamos
ambos cansados e era melhor resolvermos tudo no dia seguinte. – precisamos de descansar…
- Prometes?
– perguntou-me com aqueles olhos verdes brilhantes e penetrantes que me
conseguiam sempre convencer.
- Prometo!
– ele sorriu e deitou-se novamente na cama. Puxei o lençol para o cobrir e
fiquei a contempla-o até ter a certeza que estava a dormir. “Amo-te Mia”, disse
enquanto dormia. Ouvi-lo dizer novamente que me ama, mesmo que estivesse a dormir,
fez-me sentir de novo aquelas borboletas na barriga. – Eu também te amo Harry, e muito. – dei-lhe um beijo na testa e
acabei por adormecer ali mesmo, no chão do quarto dele.
(…)
Acordei com algumas dores nas costas. Levantei-me
com alguma dificuldade e sem fazer muito barulho para não acordar o Harry.
Peguei no meu telemóvel que tinha posto em cima da mesinha de cabeceira e fui
ver dos rapazes. Assim que desci as escadas dou com um cenário engraçado.
Estavam todos a dormir no chão da sala, uns por cima dos outros. Parecia que
estavam a acampar. Tive que passar por cima de alguns para chegar à Nicole que
dormia serenamente apoiada no peito do Zayn.
- Amor! –
chamei-a enquanto a abanava levemente. “Zayn…”
foi a única coisa que disse antes de abrir os olhos lentamente. – Lamento interromper o teu sonho com o Zayn
mas o amor que te está a chamar sou eu…
- Mia?! –
disse enquanto esfregava os olhos para acordar – És tu?! – fez uma enorme cara de desilusão
- Eu sei que
não sou o Zayn mas também não é preciso fazeres essa cara… - agarrei-a no
braço e puxei-a para a cozinha enquanto ela reclamava de a ter acordado – tenho novidades!
- É sobre o
Harry? Conta conta… - disse bastante entusiasmada. Quando ia contar-lhe o
meu telemóvel começou a tocar, era a minha mãe.
- Espera, é
a minha mãe. – atendi a chamada – Bom
dia mãe linda! – exclamei bastante animada. “Filha…”, a voz da minha mãe estava fraca e chorava.
Fiquei com o coração nas mãos e apertado – mãe,
o que se passa? Porque é que estás a chorar?
- O teu avó
Mia…o teu avó foi para o Hospital…
Espero que gostem =)
Dri
Quer me parecer que ela vai para Lisboa ter com a mãe mais uma vez sem avisar o Harry e mais uma vez o vai deixar agarrado :( Espero que seja só imaginação minha, mas espero para ver :)
ResponderEliminarEstou a adorar a história. Está simplesmente perfeita. Parabéns, a sério :)
Beijinhos
Também estou com um pouco como a Live your life... Penso que tudo se voltará a repetir mas espero estar 100% errada! Está absolutamente perfeito como todos os outros ! <3
ResponderEliminarAmo a tua história! *-*
Está simplesmente perfeito.
ResponderEliminarAmei!
Continua.
Beijinhos.
Oh minha querida, que capítulo tão intenso e ao mesmo tempo tão incerto nos deste. Não acho nada justo que o avô dela tenha ido para o hospital logo agora, porém acho que isto vai trazer - de certa forma - uma boa viragem à história. Só espero que a Mia não deixe o Harry sem qualquer tipo de justificação, ele não merece sofrer de novo. Acima de tudo, eles não merecem que um maldito "karma" os acompanhe o resto da vida. Karma is a bitch :D
ResponderEliminarComo sempre, adorei. Parabéns :)
Beijinhos e se for caso disso, bons treinos.