segunda-feira, 20 de agosto de 2012

3# One Shot


Olá minhas queridas :)
Bem esta é terceira One Shot, o terceiro comentário, por isso é dedicada especialmente pela Nokas Miranda. Espero que gostes e peço desculpa pela demora :S.
Deixem os vossos comentários, são sempre importantes!
beijinhos

Dri


Naquele momento o mundo deixou de fazer qualquer sentido para mim. Senti-me perdida, como se parte de mim tivesse desparecido. As lágrimas corriam pela minha face sem consentimento embora bem lá no fundo quisesse chorar. Queria expressar cá para fora toda a mágoa que percorria o meu corpo. Estava a tremer da cabeça aos pés. Um vazio descomunal invadia o meu pobre coração. Tudo à minha volta estava num ritmo muito diferente do meu, não fazia parte dele. Quando o médico chamou pelo meu nome, estremeci. Levantei-me lentamente e quase que cambaleando dirigi-me ao médico. Ele mostrou-me o caminho até ao quarto. Passei por vários corredores com pessoas a chorar, outras desesperadas por notícias, podia estar a ser egoísta mas naquele instante nenhum daqueles problemas me afectou, a minha preocupação não estava ali. Assim que chegamos ao quarto o médico disse qualquer coisa mas nem prestei atenção, assim que se foi embora, respirei fundo e agarrei a maçaneta da porta. Pareceu-me uma eternidade o simples movimento de rodar aquele objecto para poder abrir a porta.

A porta foi-se abrindo devagar até o encontrar deitado na cama. O meu coração parou por momentos assim que o vi. Continuava de olhos fechados e ligado a uma dúzia de máquinas. Sentia-me tão imponente naquela situação, não poder fazer nada para melhorar a situação dava comigo em doida. Não queria que fosse o tempo a ditar a altura em que ele acordava, queria que acordasse agora. Agora mesmo. Queria que aquela sensação de desespero passasse, queria deixar de sentir aquela dor sufocante. As lágrimas voltaram a cobrir a minha face juntamente com aquele barulho irritante das máquinas. A passos lentos e pouco seguros sentei-me num cadeirão preto que havia ao lado cama.     

Olhei para o visor do meu telemóvel e já passava da uma da manhã. Tinha perdido a noção do tempo que estivera à espera que o médico me deixasse entrar. Voltei a pôr o aparelho em tons de branco dentro da minha mala castanha. Levantei-me do cadeirão no intuito de o puxar para junto da cama. Espantei-me com a força que ainda me restava e que fora suficiente para arrastar o cadeirão já velho. Havia alturas em que sentia o corpo completamente inerte, sem energia. Deixei o meu corpo cair novamente naquele cadeirão. Pousei as minhas mãos em cima da cama, queria agarrar na mão dele mas algo me fazia recuar.  

***

Já conhecia o Liam há imenso tempo. Ele era uma das pessoas mais importantes da minha vida. Tinha acabado de chegar a Londres e iria conhecer pela primeira vez os restantes membros da banda dele. Estava mesmo muito ansiosa que mal conseguia pensar. Assim que entrei em casa deles vi-os todos nos sofás a jogar qualquer coisa.

- Pessoal – chamou-os. Quando todos eles olharam para mim senti-me pequenina. O sangue começou a aflorar-me nas maças do rosto. – quero apresentar-vos uma amiga muito especial minha, a Inês. – todos eles se levantaram para me vir cumprimentar. Ainda nem estava em mim. Tinha acabado de conhecer a minha banda favorita. Estranhei a reação do Zayn. Ele tem se tinha levantado para me vir cumprimentar. – O que é que se passa com o Zayn? – ouvi o Liam a perguntar ao Harry mas não consegui perceber o que ele disse. Embora morresse de vergonha de falar com algum deles acabei por ir ter com ele.

- Está tudo bem? – acabei por perguntar assim que me sentei.

- Não te interessa… – respondeu-me sem olhar para mim e levantou-se rapidamente. Fiquei surpreendida com aquela atitude e vi-o subir as escadas para o andar de cima deixando também os restantes rapazes a olha-lo perplexamente.

(…)

- O Zayn gostou mesmo muito de mim… - desabafei com o Liam enquanto víamos um filme que não me despertava qualquer tipo de interesse.

- Não fiques assim! Deve estar a passar um dia menos bom – se eu me comportasse daquela maneira sempre que tinha um dia mau ninguém me aturava!

- Até pode mas não precisava de falar comigo daquela maneira. Até parece que lhe fiz algum mal… - a minha voz saiu entristecida com toda aquela situação

- Ele é bom rapaz, vais ver que amanhã já vai estar muito melhor!

***

Foi a primeira vez que conheci o Zayn e não, a relação a partir daquele dia não melhorou ao contrário do que o Liam dissera. Aliás piorava de dia para dia. Não sei porquê, ele não ia com a minha cara e eu acabei por começar a detestá-lo. Fiquei a saber dias após o primeiro contacto que o motivo por ter estado com aquele mau humor era por causa do fim do seu relacionamento com uma rapariga. Ainda podia desculpar o primeiro dia mas nem no seguinte nem nos restantes tentou ser minimamente agradável comigo. Pelos olhares que me mandava parecia que tinha alguma culpa pelo fim do namoro dele!  

***

Encontrava-me na piscina juntamente com os rapazes. Eles estavam todos dentro de piscina menos eu e, curiosamente, menos o Zayn. Tinha que admitir que ele era lindo e ali deitado sobre a espreguiçadeira, apenas em calções, dava-lhe um ar irresistível. Fiquei a contempla-lo e em como o meu coração reagia de maneira diferente sempre que olhava para ele. Abanei negativamente com a cabeça e deitei-me na toalha. Não sei porquê mas votei-me na espreguiçadeira na direcção dele. Sorri estupidamente. O Zayn virou-se para mim também e fiquei parvamente a olhar para aqueles olhos praticamente sem conseguir respirar. Algo não estava bem comigo, só podia. O meu coração parou de vez quando um sorriso lhe surgiu no rosto. Estaria a sonhar? Como ele se virou tão rapidamente para o outro lado fiquei na dúvida.

- Queres alguma coisa? – perguntei-lhe antes de sair dali, precisava de espairecer. Tudo o que se relacionava com o Zayn deixava-me exausta.

- Não quero nada que venha de ti! – aquilo magoou-me mais do que estava à espera. Estaria eu a começar a gostar dele? Não, não podia!

***

Acordei com o sol a entrar pelos buracos da persiana do quarto. A custo e de olhos semi-cerrados peguei no meu telemóvel que estava em cima da mesinha de cabeceira. Dei um pulo da cama assim que percebi que já estava atrasada para o almoço que tinha com o Liam. Meti debaixo do chuveiro e após um banho hipersónico e da higiene pessoal feita, vesti a primeira coisa que encontrei naquele roupeiro desarrumado. Calcei-me meia atabalhoadamente e corri até ao restaurante que ele tinha escolhido.

- Desculpa, desculpa! – foi a primeira coisa que disse ao Liam enquanto o enchia de beijinhos para me desculpar – Adormeci! – constatei o óbvio. O Liam sorriu, ele não conseguia estar muito tempo zangado comigo. Quando dei conta que ele estava acompanhado a minha expressão mudou. – O que é que este está aqui a fazer? – perguntei ao Liam sem olhar para o Zayn – Não tens vida própria? – voltando-me para o Zayn

- Inês! – repreendeu-me o Liam mas não queria saber.

- Deixa estar Liam, ela tem razão, não devia ter vindo! – ou era impressão minha ou então havia alguma coisa de diferente no Zayn. Não tinha discutido comigo algo que era raro nos últimos tempos.

- Pela primeira vez estamos de acordo. – respondi prontamente

- Para com isso, Inês! – voltou a repreender-me o Liam – Zayn, ela só está a falar da boca para fora…

- Não estou nada! – proferi indignada. – Vai e não voltes! Desaparece… - um aperto bem forte no fundo do coração arrepiou-me a alma quando disse a última palavra. Não era o que queria que acontecesse e embora não o admitisse em voz alta era o que sentia verdadeiramente. Vi-o ir embora cabisbaixo e fiquei com peso na consciência, se calhar tinha exagerado.  

- INÊS! – gritou-me o Liam irritado. Nunca o tinha visto assim tão furioso comigo. – Nem sei o que te diga, rapariga! Olha, fiquei sem apetite, almoça sozinha! – levantou-se e foi-se embora.     

(…)

Assim que cheguei a casa do Liam e antes de poder tocar à campainha, a porta abriu-se bastante depressa. O Liam quase que me atropelava com a velocidade que ia a sair de casa.

- O que é que se passa? Onde é que vais assim com tanta pressa? – ele não me respondeu e depressa apareceu o carro dirigido pelo Harry com os restantes rapazes – Ei, porque é que estás com essa cara? Aliás porque é que estão todos com essas caras? – o olhar dele transbordava desilusão e tristeza

- Foi o Zayn. – disse por fim – Ele teve um acidente depois de ter saído do restaurante, está no hospital. – não conseguia explicar a dor que naquele momento estava a sentir. Parecia-me tudo demasiado surreal. Quando o Liam se voltou novamente para o carro corri para o alcançar.  

- Espera, eu quero ir convosco. – pedi-lhe. Ele olhou-me novamente com aqueles olhos de desilusão.

- Para quê Inês? – perguntou-me quase a gritar comigo novamente – Não o odeias? O que vais para lá fazer…

- Por favor… - foi a única coisa que consegui prenunciar naquele momento. Ele acabou por fazer sinal para entrar no carro.

***

E ali estava eu junto daquela cama de hospital. Literalmente com o coração nas mãos e assustada. O médico já tinha entrado pelo menos mais duas vezes desde que chegara e a resposta dele era sempre a mesma, “não podemos fazer mais nada menina, há que esperar”. Será que ele não percebe que não quero esperar? Será que ele não percebe que quero que ele acorde agora! É assim tão difícil de compreender?
Fechei os olhos momentaneamente e a ultima palavra que lhe dissera, “desaparece” era a única coisa que ecoava na minha cabeça. Não queria que aquela fosse a última palavra entre nós, de todo. Desejei voltar com o tempo para trás e refazer o passado, podê-lo fazer de maneira diferente.  

- Zayn, acorda! – pedi com os olhos novamente rasos de lágrimas enquanto apertava a mão dele já escorregadia devido ao calor. – Por favor, acorda… – para desespero meu nada aconteceu. As máquinas continuavam com aquele som irritante que preenchia o silêncio do quarto e nada, nada mudara. – por favor… - a minha voz saía cada vez mais fraca e intermitente quase que suplicando – Zayn, não me deixes! – as lágrimas já me corriam pela face inundando os meus olhos e assim tornando a minha visão turva. Aquele aperto no coração aumentava com o tempo tornando-se ainda mais insuportável. – eu gosto tanto de ti. Eu amo-te… - foi a primeira vez que o disse em voz alta e arrepiei-me dos pés à cabeça. Ainda por mais a vê-lo naquele estado deixava-me ainda mais sensível. As forças estavam a esgotar. Deixei a minha cabeça pousar na cama e fechei os olhos ainda a segurar a mão do Zayn.

[Zayn]

Abri os olhos lentamente como se aquele acto provocasse uma dor imensa. Não consegui ver nada ao inicio, a minha visão estava turva mas após alguns segundos comecei a decifrar vários objectos. Olhei em meu redor, estava deitado numa cama, numa cama que não era a minha, num quarto que não era o meu. Havia algo a fazer-me comichão no braço, quando olhei para lá deparei-me com um tubo. Mas não era só no braço. A porta do quarto abriu-se de repente e do lado de fora apareceu um senhor.

- Boa tarde, Zayn! – disse-me o homem já com alguma idade e de bata branca – deves estar a perguntar quem sou eu e o que está a fazer num hospital. Não se preocupe, eu explico tudo. – à medida que as palavras iam saindo da boca do médico tudo me parecia cada vez mais surreal. Tive a dormir durante mais do que uma semana! – E sabe, tem realmente pessoas que gostam muito de si. Uma rapariga passou as noites todas consigo e parecia morrer com a possibilidade de o menino morrer também. – o primeiro nome que me veio à cabeça foi o da Inês, pelos vistos nem com o acidente deixei de gostar dela. Aquela dor no coração ainda não tinha desaparecido. Mas sabia que era impossível ser ela. Da forma como me odiava nem sequer se deve ter dado ao trabalho de me vir ver. – Quer que a chame? – apenas acenei afirmativamente. O médico saiu e até aquela porta se abrir novamente pareceu-me uma eternidade.

A porta abriu-se lentamente e seja quem for que tivesse do outro lado parecia estar com medo de entrar. A minha vontade era saltar da cama e ver finalmente quem é que era mas não podia sair da cama. Quando a tal rapariga saiu por detrás da porta fiquei boquiaberto. Era a Inês. As lágrimas escorriam pela sua cara. Aqueles olhos transmitiam um misto de alegria e sofrimentos. Brilhavam mais do que qualquer outro dia por causa de os ter encharcados de água. Ela parou mesmo em frente da cama como que temendo qualquer reação minha. Queria chama-la mas as palavras não me saíam. Um silêncio ensurdecedor instalou-se. Fiquei expectante. De um momento par ao outro, os passos da Inês romperam aquele silêncio e abraçou-me. Soluçava fortemente com a cabeça enterrada no meu ombro. Nem dei conta das lágrimas também me caírem pelo rosto enquanto a rodeava com os meus braços.

Amo-te”. Ouvi de novo dentro da minha cabeça. Eu achava que tinha sonhado quando ouvi a voz da Inês a dizê-lo mas com toda esta situação já não sabia. Será que não tinha sonhado? Se for verdade torno-me no homem mais feliz do mundo mesmo estando numa cama de hospital.

- Desculpa… - enquanto me largava e limpava as lágrimas da cara – emocionei-me e também entrou uma coisa para o olho. – falou rapidamente enquanto se dirigia para a porta –  Os rapazes estão lá fora. Vou-me embora para eles poderem entrar…

- Espera! – virou-se lentamente para mim – Quando disseste que me amavas estavas a ser sincera? – o olhar dela era um misto de surpresa como de medo. Baixou a cabeça e depois voltou a olhar para mim

- Como é que…?

- É que se for…partilhamos o mesmo sentimento! – um sorriso tão genuíno apareceu no seu rosto que não era preciso palavras para o confirmar. Ela vinha ter comigo mas os rapazes apareceram no quarto de rompante invadindo-o. Abraçaram-me e falavam em como lhes tinha pregado um valente susto. Eles falavam em imensas coisas que se tinha passado naquela semana mas a minha atenção estava presa à rapariga que agora segurava a minha mão delicadamente e que sorria maravilhosamente.   

7 comentários:

  1. Olá querida!
    Como eu já estava a adivinhar. A One Shot está maravilhosa, fantástica, fenomenal. Resumindo, está perfeita. Adorei. A tua maneira para escrever é única e maravilhosa.
    Continua.
    Está de mais.
    Beijinhos

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  2. Lindoo! Amei, para mim, está completamente perfeito! *O*
    Não tenho comentado a Fic ultimamente, porque o meu computador deve ter curtos circuítos de vez em quando e então em muitos do blogs que visito nunca costumo sonseguir comentar, hoje decidiu estar a funcionar decentemente! -.-
    Mas quero que saibas, que amei os capitulos. Estam lindoos! <3

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  3. Olá minha querida, esta one-shot está tão mas tão fofinha.
    Do ínicio ao fim consegues nos prender como poucos escritores conseguem, tens um talento enorme minha querida.
    O facto desta one-shot involver como personagem principal o meu zayn (ahaha) ainda a tornou mais interessante .
    Estou ansiosa para que a minha chegue.
    Beijinhos, e bons treinos

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  4. Olá! x)
    Diz-me lá..! Quando é que começas a escrever coisas feias? É que se for sempre assim estou feita... xb
    Mais uma vez demonstras-te que tens um jeito incrível para a escrita e não caíndo em promenores a one-shot está perfeita! Adorei o facto de teres explicado como se conheceram e tudo o resto, mas adorei ainda mais o facto de o Zayn ter sido o 'principal' da banda ^^
    Parabéns!

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  5. a one shot está linda como sempre achas que podias fazer uma para a joana ( joaninha) é com o harry ela merece e é uma forma de eu me redimir daquilo que lhe fiz ( nao faças que um erro de uma noite destrua a amizade de uma vida)

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  6. A one shot está tão linda.....O Zayn é um amor!!!! <3

    P.S. Obrigada pelo pedido Tatiana (Stylista)

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