terça-feira, 16 de outubro de 2012

6# One Shot



Olá!
Bem esta One Shot foi especialmente escrita para a Mrs. Harlianiazaylou, espero que gostes! 
Já sabem deixem os vossos comentários, são sempre bastante importantes.


(Harry)

O sorriso dela. Todo o meu mundo, toda a minha atenção baseava-se simplesmente naquele sorriso esbelto. No poder que tinha sobre todo o meu corpo, nas minhas acções, nos meus pensamentos. Não havia dia nenhum em que não adormecesse a pensar nela e que não acordasse a deseja-la ainda mais. Não havia nem uma única noite que não sonhasse com ela, com o momento em que lhe diria tudo o que ia no meu coração, no instante em que tocaria finalmente nos seus lábios com os meus. Nos muitos minutos em que me deixaria levar pelo cheiro inebriante do seu perfume, aquele que lhe tinha oferecido. Aquele que tinha passado horas, dias, a escolher e que mesmo assim achava que não tinha encontrado o perfeito. O beijo que me dera na face esquerda depois de ver a pequena caixa com o perfume ainda estava gravado na minha memória. “É para não te esqueceres de mim!” dissera-me depois de colocar delicadamente um pouco do liquido que estava dentro do frasco no meu pulso. Como poderia esquecer?! Lembrava-me dela todos os segundos da minha vida. Quando os seus pequenos braços rodeavam o meu pescoço abraçando-me. Quando enterrava a minha cabeça no ombro dela, a vontade de beija-la aumentava drasticamente, de tocar com os meus lábios na sua pele macia. Queria ouvir da sua boca, bem junto do meu ouvido, um “amo-te” ao sabor do vento. Queria poder entrelaçar os meus dedos nos dela, sentir as suas mãos pequenas a passear pelo meu corpo. Queria mais do que tudo acordar ao lado dela e poder constatar que não foi apenas um mero sonho. Queria protege-la quando está com medo, abraça-la quando está com frio, chorar com ela, rir com ela, pega-la ao colo e leva-la á cama. Queria chama-la de “minha”, queria poder dizer a todo o mundo que ela é a minha namorada.    

- Harry?! Harry?! – ela estava mesmo à minha frente com aqueles olhos cor de mel que me deixavam completamente noutro mundo, alheado de tudo, apenas concentrado na beleza que transmitiam, na forma como deixavam o meu corpo dormente – Terra chama Harold? – despertei da minha própria realidade quando ela me chamou de Harold. Não gostava nada que me chamassem esse nome mas quando era ela a dizê-lo, nem sei, não conseguia ficar chateado. Acabava sempre com um sorriso parvo no rosto.     

- Quando é que aprendes a chamar-me Harry? – ao mesmo tempo que lhe mandava com uma almofada, ela olhava-me perdida em riso. Como eu amava vê-la rir daquela maneira genuína e amava ainda mais saber que o motivo era eu.

- Quando me esquecer que o teu nome é Harold. – aquela rapariga deixava-me sempre sem palavras. Sentou-se ao meu lado e encostou a cabeça ao meu ombro – bem, vou-me embora que já se está a fazer tarde. – tinha a voz carregada de sono, isso notava-se a léguas. Não queria que se fosse embora, queria estar mais alguns minutos, horas, dias com ela.

- Não queres ficar cá a dormir? – perguntei ansioso pela sua resposta, o bater frenético do meu coração denunciava isso mesmo – Depois almoçávamos juntos… - acabei por completar ao ver que ela nada dizia

- Queres que fique Harold? – mesmo cheia de sono, a sua voz continuava extremamente sensual. É claro que queria que ela ficasse, era o que mais queria. Decidi então implicar um pouco com ela por em ter chamado novamente Harold.

- Agora não, chamaste-me Harold! – enquanto fingia amuar. Não demorou muito até ela reagir ao meu comentário. Levantou a cabeça do meu ombro e poucos segundos depois senti os seus lábios a tocarem na minha face direita. Fechei involuntariamente os olhos, como sempre acontecia quando recebia um beijo dela.

- Mas eu quero! – sussurrou-me ao ouvido, arrepiando-me dos pés à cabeça. Não lhe conseguia resistir por muito mais tempo, não conseguia guardar o que sentia por muito mais tempo – Quero ficar, Harry! – concluiu depositando de novo um beijo suave na minha face. – Quero mesmo…

- Eu deixo-te ficar porque sou um amor… - o sorriso dela aquecia por completo o meu coração, não trocava aquela sensação por nada – …e porque amo a minha melhor amiga. – o meu corpo estremeceu quando acabei de falar assim que dei conta de como a realidade podia ser dolorosa. A minha realidade de amor não correspondido. 

- Também te amo… - pisquei várias vezes os olhos para ter a certeza que estaria a ouvir bem, que não estava a ouvir. Conseguia sentir o coração dela a bater descompassadamente contra o meu corpo. Os nossos olhares cruzaram-se e por momentos pensei ter visto, por detrás daqueles olhos cor de mel, a certeza que precisava para avançar. Rapidamente vi o seu rosto a tornar-se um pouco mais corado. – …melhor amigo! – concluiu desviando o olhar do meu. Mais uma vez eram ilusões da minha cabeça. Nunca iria passar de “melhor amigo”, nunca! Podia ser o Harry Styles dos One Direction, ter mais de sete milhões de seguidores no twitter, mas nada, mesmo nada podia tirar aquela dor que sentia. A dor que não passa, que não sara, que perdura há demasiados anos inquebrável no meu coração.

- Queres ir deitar ou preferes ver um filme antes? – perguntei enquanto punha o meu braço por cima dos ombros dela, aconchegando-a a mim. Ela já tinha posto novamente a cabeça encostada ao meu peito.

- Podemos ver um filme desde que não seja o Love Actually, é choradeira garantida! – podia não ver mas tinha a certeza que o sorriso que fazia era o sinónimo de perfeição –  Se quiseres pode ser de terror, apetece-me variar… - estranhei o seu pedido, normalmente tentava-se esquivar ao máximo daqueles filmes.

- É melhor aproveitar antes que mudes de ideias! – deixei descair a minha mão que repousava no braço dela para o fundo das suas costas. Exerci pressão sobre as suas costas para que se levantasse para me poder levantar – Deixa-me então pôr o filme – concluí assim que a vi começar a mexer-se para se levantar

- Então eu vou lá acima buscar um cobertor para nos aconchegarmos e aproveito e vou á casa de banho também. – informou-me depois de se levantar do sofá. Acompanhei-a com o olhar o caminho desde o sofá até ao cimo das escadas onde desapareceu por detrás das paredes. Suspirei fortemente. Levantei-me também do sofá e coloquei o filme pronto a começar. Ela era a única pessoa que conhecia que não gostava de pipocas. Ela chegou poucos minutos depois já com um cobertor enorme na mão. Sentou-se ao meu lado colocando o cobertor sobre as nossas pernas e encostou de novo a cabeça junto do meu peito. – Já podes pôr a dar! – carreguei no botão do play e o filme começou. Naquele momento o filme era o menor da minha atenção, estava plenamente embrenhado em aproveitar todos os segundos que tinha com a rapariga que estava ao meu lado. Percorria com a ponta dos meus dedos a sua pele macia do braço, por vezes conseguia sentir alguns tremores por parte dela. Aconchegava-a ainda mais a mim, ao meu corpo.  

- Que horror! – exclamou de repente escondendo a cara no meu peito – Diz-me quando for seguro olhar novamente… - dirigi a minha atenção para a televisão e vi uma cena de cortes de cabeça com muito sangue à mistura. Depois daquela cena sangrenta ter terminado e de as coisas terem acalmado, depositei um beijo no cimo da cabeça dele e avisei-a que já era seguro olhar novamente.

- Já podes… - tentei soar o mais carinhosamente possível

- Tens a certeza?

- Não confias em mim? – aos poucos deixei de sentir a pressão exercida por ela sobre o meu peito, ela estava ao poucos a encarar de novo a televisão – estava a ver que não confiavas. – esperei que fosse dizer alguma coisa mas não pronunciou palavra alguma. Encostei então a minha cabeça a dela e tentei prestar alguma atenção ao filme. De vez em quando sentia a minha camisola a ser puxada pela Bia, ela agarrava-a com bastante força sempre que apareciam cenas em que houvesse muito sangue.

(…)

Estava a achar que a Bia se encontrava demasiado quieta e com a respiração bastante pausada. Espreitei cuidadosamente e pude ver os seus olhos fechados, ela tinha adormecido. Sorri ao ver a sua face serena e de anjo a dormir. Como é que ela conseguia ser tão perfeita?! Agora tinha um problema. Como conseguir leva-la até ao meu quarto sem a acordar? Ela tinha o sono bastante leve, acordava facilmente. Levantei-me devagarinho pousando a sua cabeça em cima do sofá e dirigi-me até á televisão para a desligar. Quando ia para a pegar ao colo vejo os seus olhos a estremecerem.

- Hum…. – disse antes de abrir os seus olhos lindos de morrer – onde é que estou?! – perguntou visivelmente ensonada e completamente “perdida” na realidade.

- A caminho da cama… - disse a sorrir. Ajudei-a a levantar-se do sofá e levei-a até ao meu quarto. Ela sentou-se na minha cama enquanto abria a porta do meu armário para tirar o pijama dela. Sim, ela já dormira tantas vezes lá em casa que tinha deixado um pijama lá em casa para não estar sempre a emprestar as minhas camisolas. Não é que não gostasse que ela usasse a minha roupa, aliás amava. Ela é que dizia que não tinha que não nada em andar a sujar as minhas camisolas. Dei-lhe o pijama para a mão e ia sair do quarto para que se vestisse. – Bem, vou dormir para a sala…

- Não, quero que fiques comigo esta noite. – fiquei completamente petrificado á entrada do quarto. Ela nunca me tinha feito tal pedido. Sempre que dormiu em minha casa, quis sempre dormir sozinha. Dizia que se sentia mais confortável dessa maneira.   

- Tens a certeza, Bia? – parecia que estava ainda meio adormecido. Queria aquilo mais que tudo e talvez por isso, estivesse um pouco reticente – Não me importo de dormir na sala, a sério! Já é costume…

- Por favor! – não consegui dizer que não. Apenas sorri e ela retribuiu com o sorriso mais lindo do mundo. Fechei a porta atrás de mim e esperei alguns minutos para se vestir encostado à parede. Precisava de me apoiar nalgum sitio, estava a tremer por dentro. E estava com um sorriso estupido na cara, aquele que só aparecia quando pensava nela, ou seja, durante um dia inteiro.

- Já podes entrar… - avisou-me. Agarrei a maçaneta e respirei fundo, precisava de acalmar o meu coração. Não podia mostrar-lhe que tinha ficado naquele estado com todas as minhas emoções descontroladas. Assim que abri a porta vi a Bia sentada em cima da cama a prender o cabelo com um elástico. – Podes dormir como te der mais jeito, não te incomodes por mim. – tudo naquele momento me parecia demasiado irreal.     

Deitei-me algo afastado dela, não queria perder o controlo e seguir os meus instintos. Acabaria por beija-la e a última coisa que queria era estragar a nossa amizade por um impulso irreflectido. Ela virou-se para o meu lado e rapidamente o meu olhar deambulou por todo o seu rosto parando inevitavelmente no seus lábios, aqueles que tanto desejava. Fiquei sem saber o que fazer principalmente quando se aproximou ainda mais de mim. Olhava-me profundamente como se tivesse a tentar perceber o que me ia na alma. Voltou a movimentar-se ficando perigosamente junto a mim. Conseguia ouvir o meu coração a bater descompassadamente contra o meu peito juntamente com a minha respiração irregular. – Vou ter saudades tuas… - proferiu. Os braços dela rodearam o meu corpo e abraçou-me. Estava apenas de bóxeres mas mesmo assim sentia o meu corpo a escaldar. Coloquei o meu braço em redor da sua cintura por cima da fina camisola do pijama puxando-a inconscientemente para mim. Não queria que aquele momento acabasse nunca. Ela mexeu-se um pouco até encontrar-se confortável com a posição. A sua respiração contra o meu peito estava a provocar-me inúmeras sensações por todo o corpo. Ela mexia comigo de maneiras que nunca pensei que fossem possíveis. Levantei um pouco a cabeça para lhe conseguir dar um beijo na testa.   

- E eu tuas! – a minha voz foi completamente abafada pelo meu batimento cardíaco elevado. Fechei os olhos e deixei-me dormir.

(…)

Acordei estranhamente sozinho. Abri os olhos a custo e ainda com a visão um pouco turva reparei que a Bia não se encontrava ao meu lado na cama. Será que foi tudo um sonho?! Não, não podia ser. Tinha sido real, bem real. Afastei a roupa da cama e assim que me sentei na cama observei as calças de ganga e a camisola preta da Bia pousadas em cima da cadeira do meu quarto. Afinal não tinha sido um mero sonho. Era real! Um sorriso estupidamente apaixonado apareceu no meu rosto mas facilmente apagado pelo facto de ir em tour naquele dia. Iria deixa-la por mais de dois meses, dois longos meses. Entretanto o meu telemóvel começa a tocar, era o Louis.

- Diz-me, por favor, que já disseste à Bia que estás apaixonado por ela! – disparou sem me dar tempo de falar seja o que for – não me faças ter de te aturar durante dois meses a ouvir-te lamuriar por não lhe teres contado! – sim, ele sabia como os outros todos. Acho que toda a gente sabia que gostava dela menos a Bia, o problema é que devia ser ela a primeira a saber.

- Lamento desiludir-te mas ainda não lhe disse nada. – já sabia que vinha dali um enorme sermão.

- Já falamos sobre isto, Harry! Se não lhe contares vais passar o resto da vida a pensar no “sim” ou no “não” que ela poderia ter dito. Pior do que a rejeição é a dúvida. – ele tinha razão. O problema é que falar é sempre bem mais fácil do que falar.  

- Eu sei disso mas sempre que chega o momento não tenho palavras. Fico com um enorme nó no estomago e fico sem saber o que dizer.

- Tenta pensar menos no que lhe vais dizer e age com o coração. Acredita que vai tudo parecer muito mais fácil. – Será?! Tudo me parecia demasiado complicado, tudo me parecia tão pouco lógico sempre que o assunto era a Bia. Desliguei a chamada e decidi ir procura-la.  

Desci as escadas e encontrei-a na cozinha a preparar o pequeno-almoço. Estava com os auscultadores nos ouvidos por isso não tinha dado pela minha presença. Talvez por isso tenha ficado encostado à parede a observa-la. Era hoje. Era hoje que me ia embora e consequentemente o prazo limite para lhe dizer tudo o que sentia. Cada vez tinha menos forças para lhe dizer, cada vez tinha mais medo de perder aquele sorriso. Tantas incertezas para tão poucas certezas.

- Harold! – ela já não estava em frente à banca mas sim à minha frente – Fiz-te o pequeno-almoço! Espero que gostes! – Como podia não gostar? Pus as minhas mãos nos ombros dela e virei-a em direcção à mesa. Iria ser a última refeição que fazia com ela nos próximos meses.

(…)

Estava a colocar dentro da mala as últimas coisas que me faltavam quando a Bia se lembrou de alguma coisa. Saiu disparada do meu quarto sem dizer nada e só voltou passados uns longos minutos depois de já ter posto tudo dentro da mala. Ela trazia na mão um peluche que lhe tinha oferecido a alguns anos a trás. Nem acreditava que ela ainda o tinha.

- Leva o Harold contigo! – disse-me dando o peluche para as mãos. Ela tinha dado o meu nome ao boneco.

- Harold?! – exclamei tentado controlar o riso – Tu deste o meu nome ao peluche que te ofereci?

- Que mal é que tem? – perguntou indignada mas escondendo o sorriso – Se não puseste o meu nome em peluche nenhum é porque não gostas verdadeiramente de mim…

- Não pus porque ainda não arranjei um tão fofo e lindo como tu. – ela sorriu envergonhada. Achava um amor sempre que ela ficava daquele jeito meio envergonhada. Conseguia parecer ainda mais perfeito do que já era.

- Eu já! E quero que o leves contigo assim sempre que tiveres saudades minhas, isto se as tiveres claro, lembraste de mim. – olhei para o peluche e depois novamente para ela. Sorria daquele jeito que me deixava apaixonado. Cheguei-me junto dela e abracei-a. A despedida estava a matar-me dolorosamente aos poucos. Foi então que me apercebi que ela estava a chorar. Afastei-a de mim o suficiente para ver os seus olhos. Assim que os encontrei a transbordarem lágrimas fiquei sem forças. Vi o meu mundo ruir bem à minha frente sem conseguir fazer nada para o mudar. Não sabia o que dizer para a fazer parar de chorar. Sentia-me em pânico. Fechei os olhos e voltei a abraça-la. Abracei-a com as últimas forças que me restavam e deixei-me afogar em lágrimas silenciosas.

(…)

Senhores passageiros, o voo com destino a Los Angeles e com partidas às…

Tinha chegado o momento e eu continuava sem conseguir dizer uma única palavra. A Bia encontrava-se um pouco mais afastada de nós, conversava com as raparigas sobre algum tema feminino. Pelo menos estavam a olhar para o calçado, deviam estar a comentar ou algo do género.

- Vai falar com ela! – exclamou o Louis enquanto me empurrava na direcção dela. Suspirei fortemente. As pernas tremiam de tal maneira que pensava que a qualquer momento pudesse cair no chão. Aproximei-me dela e antes que pudesse dizer alguma coisa as raparigas afastaram-se deixando-me a sós com a Bia.

- Isso é tudo nervosismo por ires andar de avião? – ela já tinha reparado que estava nervoso e agora o que faço?!

(Bia)

Pela minha cabeça passavam infinitos assuntos dos mais variados que podiam existir. Tentava por todos os meios não pensar que o Harry se ia embora dentro de minutos. Com o passar do tempo a vontade de chorar aumentava drasticamente e consequentemente a força que fazia para segurar as lágrimas. Queria ir com ele, queria poder-lhe dizer que o amava. Como é que me fui apaixonar pela única pessoa que não podia? É o meu melhor amigo! Ela nunca me virá da mesma forma como eu o vejo. Sou tão idiota! Enquanto falava com as raparigas para ver se me distraia reparei que o Harry se aproximava. Elas também repararam e foram ter com os rapazes deixam-me sozinha com ele.    

- Isso é tudo nervosismo por ires andar de avião? – notava-se a léguas que estava nervoso. Já tinha mexido no cabelo umas trezentas vezes, sem exagero, num espaço de dois minutos.

- Preciso de falar contigo… - disparou de um momento para o outro falando bastante rápido. Definitivamente não estava bem.

- Diz. – falei com tranquilidade para ver se o acalmava também.

- Tu sabes que gosto muito de ti não sabes? – porque é que ele tinha que vir com aquela conversa logo naquele momento. Fazia um esforço descomunal para não me ir abaixo e ele tinha que vir tocar no meu ponto fraco.

- Oh, claro que sei. Eu também gosto muito de ti… - disse num tom visivelmente intermitente.

- Também sabes que não consigo passar um dia sem falar contigo, não sabes?

- Harry, não te preocupes. Já estamos no século vinte um, onde existem telemóveis e internet! – enquanto tentava aliviar o ambiente. Tinha o coração numa autentica bomba, parecia que ia explodir a qualquer momento –  Vamos conseguir falar todos os dias…

- Prometes?

- Claro que sim! – sorri e ele retribui. Ai Harry, para de sorrir dessa maneira! Ainda cometo uma loucura aqui mesmo e beijo-te. Não, não podia pensar nessas coisas senão ainda era pior.

- Preciso de te dizer outra coisa muito mas muito importante mesmo! – pela cara parecia ser sério mas quando ia para falar a mulher do altifalante voltou a falar.   

Senhores passageiros, o voo com destino a Los Angeles e com partidas às…

- Não, não, não… - disse andando de um lado para o outro à minha frente. O manager deles já o tinha chamado e se não se despachasse ainda perderiam o voo. – Harry, deixa de pensar e age de uma vez! – fiquei literalmente pregada ao chão quando disse aquilo. Aproximou-se de mim não me dando tempo de reação, colocou as suas mãos grandes e macias na minha face e olhou-me com os seus olhos únicos e penetrantes. Já tinha deixado de respirar e sem me dar tempo de pensar seja o que for, tomou os meus lábios como seus. Fechei os olhos involuntariamente e tudo parou à minha volta. Os nossos lábios moviam-se em plena sintonia como se já o fizéssemos desde sempre. Quebramos o beijo naturalmente e assim que abri os olhos e vi os seus perfeitamente vidrados em mim, senti um espasmo a percorrer os meus músculos.

- A sério?! – perguntei ainda meia atordoada com o que se tinha passado. Ele apenas anuiu com a cabeça mas com um enorme sorriso rasgado no rosto. Ia para falar mas o Louis apareceu de rompante agarrando no braço do Harry.

- Pronto, já se beijaram! Agora temos que ir IMEDIATAMENTE! – vi o Harry a ser arrastado literalmente pelo Louis sem nunca tirar os olhos de cima de mim. Assim que o vi desaparecer por entre as pessoas, um sorriso parvo apareceu-me no rosto. Toquei com a ponta dos dedos nos meus lábios. Tinha-o beijado! Ele gostava de mim. Sim, dei um enorme salto em pleno aeroporto juntamente com grito. Estava-me pouco importante para o que as pessoas iam dizer, estava apaixonada!  


5 comentários:

  1. Está tão perfeito!! Talvez por ser para mim mas acho que está melhor do que alguns que já escreveste, apesar de que, pela minha vista de apaixonada, esta O MELHOR DO MUNDO!! Obrigada. Está tão perfeito. Já agora, é uma mera coincidência, mas eu realmente não gosto de pipocas e tenho um sono muito leve. Também tenho uma paixão por peluches, mas ainda não tenho um tão fofo como o Harry. Obrigada mais uma vez, escreves mesmo muito bem. Acho que devias investir nisto se realmente gostas de escrever. =) Tenho um sorriso tão parvo na cara, que acho que as minhas bochechas grandes e fofinhas não podem ficar maiores. BIGADA =D **

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  2. OMC está perfeitooo!!! O melhor texto que eu ja li... adoro o teu blog, a maneira como escreves é simplesmente fantástica :) axo q devias pensar seriamente em escrever um livro, eu comprava de certeza :) CONTINUA!!! :))

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  3. Adorei! Está lindo *.* Aliás como sempre, não é? :D

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  4. Eu sei que pode parecer estranho, mas não consigo parar de ler isto...fico com um sorriso tão mas tão parvo na cara, está tão perfeito que até posso dizer que dói um bocadinho saber que não é verdade.
    Jinhos Bia xx

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