“Senhores passageiros, pedimos que coloquem o cinto de
segurança para procedermos à aterragem. Dentro de instantes estaremos a pousar
na pista do Aeroporto Internacional… Sejam bem-vindos a Londres e obrigado por
viajarem na nossa companhia.” – foi esta a voz que me fez despertar das últimas horas em me
deixei arrastar num sono estafante.
Pela pequena janela do meu lado esquerdo, pude vislumbrar aos
poucos, por entre as nuvens, a magnifica cidade de Londres. Respirei fundo, uma
certa nostalgia estava a invadir o meu ser. Fiz o que me tinham pedido e fechei
os olhos novamente. Estava a sentir-me novamente em casa. Umas mãos pequeninas
encheram as costas da minha mão direita. Abri os olhos e rodei lentamente a
cabeça para o lado de onde me tinham tocado. A pequena criança que estava ao
meu lado sorriu docemente.
- Não p’ecisas de fecha’ os olhos…não te p’eocupes!
A voz doce da menina que apenas tinha conhecido quando me
sentei naquele lugar fez-me recordar o quão bom é sermos crianças. Apenas
sorri, colocando a minha mão sobre a dela.
***
Assim que peguei nas minhas duas malas dirigi-me até á
entrada. Da última vez até hoje, muita coisa tinha mudado naquele aeroporto.
Senti-me um pouco perdida mas estranhamente em casa. As rodinhas das minhas malas
faziam um barulho engraçado fazendo-me rir sozinha. Nada nem ninguém conseguiria
tirar-me o sorriso que estava estampado e tão bem delineado no meu rosto.
Percorri aqueles corredores em direção á saída.
Os meus olhos procuravam, por entre um grupo ainda grande de
pessoas que se encontravam na entrada á espera dos seus entes queridos, a minha
menina. Aquela que já não via a mais de três anos e que tanto precisava para
matar todas as saudades instaladas no meu coração. Deixei de movimentar as
minhas pernas para a frente e fixei-me apenas em tentar encontra-la. As pessoas
aos poucos e poucos encaminhavam-se sorridentes para a saída deixando mais
espaço livre.
- Mia! – o meu nome foi prenunciado pela voz que tanto queria
ouvir. Instintivamente movimentei a minha cabeça de um lado para o outro á procura
do corpo que me chamara – Aqui Mia!
Finalmente os meus olhos encontraram a minha menina. Um
enorme sorriso rasgou-se na minha boca de tamanha felicidade. Não pude deixar
de reparar que estava acompanhada por um rapaz. Não tive muito tempo a olhar
para ele. Iniciei rapidamente um caminhar apressado por entre as pessoas ao
encontro dela. Numa dúzia de passos, o meu corpo colidiu com o dela, num abraço
muito forte.
- Nicole… - afastei-me um pouco dela percorrendo-a com o
olhar. Estava na mesma. Igualzinha como a tinha deixado – tantas saudades
Nicole… - deliberei num tom de voz visivelmente tremido de tanta emoção. Ela
não disse nada, apenas sorriu e voltou a abraçar-me.
- Eu também tive muitas saudades tuas Mia… - voltar a ouvir a
voz dela fazia-me ter a certeza que tinha tomado a decisão certa em voltar para
Inglaterra - …muitas mesmo pequenina!
Depois de mais algumas trocas de palavras e de me ter dito
que estava mais magra dando-me um raspanete de todo o tamanho, voltei a minha
atenção, novamente, para o misterioso rapaz que estava ao lado dela. Ainda não
tinha prenunciado qualquer tipo de comentário. Não consegui deixar de reparar
nos olhos lindíssimos que tinha. Para além de ter um estilo, visivelmente,
diferente do normal. Tinha uma camisola ás riscas, algo que adorava – a minha
mala era praticamente ocupada por camisolas ás riscas – com suspensórios. Tinha
um estilo bastante agradável.
- Desculpa…cabeça a minha! – apressou-se a Nicole num gesto
bastante engraçado – este é um amigo meu. Conheci-o pouco depois de teres ido
embora… - ele estava a sorrir – chama-se Louis Tomlinson – o rapaz das riscas
inclinou-se um pouco na minha direção e deu-me dois beijos, um em cada face, ao
qual correspondi da mesma maneira.
- Eu sou a Mia, Mia Rodrigues – acabei por dizer no final
dado que a Nicole não disse nada.
- Anda vamos! – sem dar muito por isso, talvez por ainda
estar vidrada nos olhos do rapaz que acabara de conhecer, a Nicole pegou no meu
braço e puxou-me, literalmente para a saída. Enquanto o Louis, que ficara para
trás, pegava nas minhas malas e as trazias. Tentei parar para o ajudar mas a
Nicole não me deu espaço de manobra. – Tens muito para me contar… - começou ela
por dizer assim que chegamos perto de um carro – e não te preocupes que o Louis
traz as malas!
O pobre rapaz chegou pouco tempo depois com as minhas malas,
enfiando-as na mala do carro que se encontrava á nossa frente. Desviei o olhar
do rapaz e concentrei-me na Nicole enquanto contava por alto os meus últimos
três anos. Não se pode dizer que tenha acontecido grande coisa, apenas estudei
e acabei o secundário. Um apito interrompeu a nossa conversa. Era o Louis a avisar
que já podíamos entrar no carro. A Nicole desencostou-se da porta do carro e
abriu-me a porta.
- Se bem me lembro, não gostas de andar atrás… - disse rindo.
Ela realmente conhecia-me melhor do que ninguém. Apesar de ter estado tanto
tempo longe de casa, ainda se lembrava de um dos meus problemas que me atormenta
desde sempre.
- Não te esqueceste… - desabafei, com um enorme orgulho por
poder-lhe chamar amiga.
- Como poderia esquecer?! Eras, e és – evidenciou o verbo
conjugado na segunda pessoa – a minha melhor amiga ou não? – não prenunciei
qualquer tipo de silaba. Apenas abanei afirmativamente com a cabeça dando-lhe
de seguida um beijo na testa.
Entramos dentro do carro. Apesar da conversa estar a ser
agradável deixei-me encostar com a cabeça ao vidro da janela do carro. O meu
corpo continuava coberto por um enorme cansaço e a longa viagem, ainda só
fizera pior. Precisava urgentemente de um banho quente de imersão para poder
relaxar. Mas, por ironia do destino, esses meus planos estavam longe de se
tornarem realidade. Pelo menos tão cedo.
Estacionamos em frente de uma casa enorme. Não me parecia de
todo, a casa da Nicole aonde iria ficar, por isso deduzi que pudesse ser do
rapaz que estava ao meu lado.
- Esta é a minha casa… - a voz masculina do Louis desfez-se
rapidamente no ar assim que saiu do carro. Eu e a Nicole saímos também. Fiquei
durante alguns segundos a contemplar a vista lindíssima da casa dele e como era
bonita a sua própria casa.
- Nós vamos jantar aqui… - olhei para a Nicole que tinha
acabado de falar – espero que não te importes! – formei um sorriso a muito
custo. Não é que não quisesse estar com ela mas a fadiga muscular estava a dar
cabo de mim.
- Claro que não… - acabei por dizer iniciando um movimento de
pernas em direção á porta de entrada. Parei um pouco antes esperando que ele
abrisse a porta e assim que o fez continuei com a minha marcha. A primeira
impressão que tive foi que a casa era realmente lindíssima. Mas rapidamente foi
desfeito quando entramos para dentro da sala. Havia três rapazes sentados no
sofá que faziam imenso barulho. Pareciam crianças num infantário. Riam-se e
riam-se virados para uma televisão com uns comandos da mão.
- Pessoal, chegamos! – assim que o Louis falou todos eles
olharam na minha direção. Levantaram-se com alguma pressa e vieram-me
cumprimentar. Eles disseram os nomes deles mas como sou péssima com os nomes,
depressa me baralhei.
- Harry! – o rapaz louro tinha acabado de chamar mais alguém.
Aquele nome, aquele nome fez com que, apesar de saber que não estava sozinha,
bem lá no fundo do meu coração, algo me fazia sentir que nem uma partícula de
pó…pequena, insignificante – Harry… - a mesma voz voltara a chama-lo.
Comecei a ouvir uns passos apressados a virem na direção da
cozinha. Virei a minha atenção para lá. Um rapaz apareceu á porta com a
respiração um pouco ofegante. Assim que o meu olhar percorreu aquele ser, de
baixo para cima, assim que me apercebi de quem era, o meu coração foi parando
aos poucos de bater. As minhas pernas começaram a tremer. Tive que colocar o meu
braço em cima do ombro da Nicole para ter a certeza que não caía. Quando o
nosso olhar se encontrou, voltei a ouvir os batimentos do coração mas desta vez
mais rápidos e desfragmentados. Poderia jurar que nesse momento não havia mais ninguém
naquela sala. A expressão dele mudou completamente assim que me viu.
- Estou aqui… - agora podia ter a certeza que era ele. A voz
tão característica dele não enganava ninguém. Eram demasiadas emoções a fluírem
no meu peito. Não podia acreditar no que estava a acontecer.
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Espero que tenham gostado!
Agradecia muito se deixassem um comentário a dizer se gostaram ou não para saber se deva continuar ou não. A vossa opinião é fundamental!
Muito obrigada pela visita....
Dri
Tens mesmo muito jeito ! É uma história fantástica e que nos deixa entusiasmadas para o próximo capitulo ! Parabéns :) Continua !
ResponderEliminarGostei imenso. x
ResponderEliminar~Rita
AMEI ((: continua *
ResponderEliminarwow o: esta a começar lindamente, por favor o próximo capitulo rápido, estou a morrer de curiosidade. parabéns (:
ResponderEliminarGostamos muito , tenta publicar rápido o próximo sff xD
ResponderEliminarAMEI! Posta rápido :)
ResponderEliminarSuspense logo no primeiro capitulo, me gusta :)
Bjs
gosto muito :) continua rápido !
ResponderEliminaromg! Esta mesmo lindo! Adorei! Continua e rapido por favor que adorei mesmo! :D
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