(Harry)
“Numa forma de esquecer que o nosso
passado existiu e que nunca se tornará no presente…”. Aquela frase ecoava na minha cabeça á medida
que voltava para a nossa mesa passando pelas pessoas que alegremente dançavam.
Doía tanto ouvir aquilo, ela queria-me esquecer o que significava que ainda
pensava em mim. Não sabia se haveria de ficar contente ou triste. Não sabia
como reagir. Pensava que a tinha esquecido mas agora, tudo estava a reaparecer.
Aquela necessidade louca de acordar e de a ver, de falar com ela, de como o meu
mundo funcionava em torno dela.
Sentei-me
novamente no sofá e deixei descair o corpo para a frente apoiando-me com os
braços em cima das pernas. As minhas mãos enfiaram-se no meio dos meus
caracóis.
***
De: amor
“Hoje não vou conseguir estar contigo porque não vou ás
aulas. Acordei cheia de febre e a minha mãe não me deixa sair de casa enquanto
não ficar boa. Depois das aulas podes passar por cá…amo-te e não te preocupes.
xxx!”
Esqueci-me por completo de onde estava e assim que me
levantei da cadeira ouvi a professora muito espantada a olhar para mim. Só
depois é que me lembrei que estava na sala de aula mas isso naquele momento não
interessava. Dei uma desculpa à professora e saí da sala literalmente a correr.
Pus-me a caminho da casa da Mia que ainda era um bocado longe da escola. Assim
que bati á porta apareceu-me a mãe da Mia. Era a primeira vez que ia falar com
ela. Era uma situação um bocado estranha porque ela não me conhecia.
- Bom dia. Em que posso ajuda-lo? – perguntou-me
simpaticamente
- Bom dia. Desculpe incomodá-la mas a Mia disse-me que estava
doente e eu vinha vê-la, se pudesse ser claro – falar pela primeira vez com a
mãe da Mia deixou-me um bocado nervoso o que me fez esquecer o nome da senhora.
- E como é que te chamas? Nunca te tinha visto com a minha
filha…
- Chamo-me Harry…sou um amigo recente… .- senti uma
quantidade avultada de sangue a dirigir-se para as minhas faces
- Um amigo recente? – disse a sorrir – Podes entrar, espera
aqui na sala que eu vou lá acima informa-la que estás aqui em baixo. Harry,
certo?
- Sim! – a mãe dela apareceu pouco tempo depois e mandou-me
subir. Assim que abri a porta do quarto dela ouvia-a soluçar - amor,
calma, o que se passa, então? – abracei-a com todas as minhas forças, conseguia
perceber pela sua respiração descontrolada que começava a ter falta de ar. Era
angustiante não conseguir fazer nada. – Então amor? Calma, eu estou aqui anda
cá. Já passou – não tinha jeito nenhum para acalmar as pessoas
- Tive um pesadelo tão horrível – quando ela acabou de falar
as lágrimas caíram ainda mais. Limpei-lhe as lágrimas, dei-lhe um beijinho na
testa e expliquei-lhe como aquilo nunca tinha passado de isso mesmo, um
pesadelo. Ajudei-a novamente a deitar-se e cobri-a com os lençóis e o cobertor.
Dei-lhe outro beijo na testa e ainda estava a arder em febre. Sentei-me ao lado
dela enquanto mexia no cabelo dela para voltar a adormecer. Mesmo depois de
adormecer continuei ao lado dela pois tinha receito de ela tivesse novamente um
pesadelo e eu não estar pronto a ajuda-la. Inclinei-me e sussurrei-lhe ao
ouvido “amo-te, espero que estejas a sonhar comigo”.
- Com que então um amigo! – quando olhei para trás vi a mãe
da Mia encostada á porta
- Desculpe… - foi a única coisa que me lembrei de dizer. Ela
apenas sorriu e abandonou o quarto.
***
Fui desperto quando a Colbie se sentou ao meu colo. Via
sorrir e depois deu-me um beijo. Nunca me tinha sentido tão mal por beija-la,
tinha um aperto enorme no coração. Tentei colocar uma cara minimamente alegre
conversando com ela e com a Nicole que também tinha chegado. Os rapazes
apareceram logo de seguida, mas sem a Mia e o Louis
- A Mia? – ouvi a Nicole a perguntar ao Zayn assim que se
sentou ao lado dela – onde é que ela está?
- Ficou lá fora com o Louis – respondeu Zayn depois de lhe
dar um beijo na face – Ou eu muito me engano ou aqueles dois ainda vão ter
alguma coisa – era o pior que me podia acontecer ver o meu melhor amigo a
apaixonar-se pela rapariga que estava de novo a conquistar o meu coração.
(…)
Via chegar junto da nossa mesa bastante tempo depois de me
ter ido embora de lá de fora. Ela vinha com o casaco do Louis vestido e as mãos
dele vinham em cima dos ombros dela. Era eu que costumava emprestar-lhe os meus
casacos para a proteger do frio, era a mim que dizia com aquele enorme sorriso
o quanto gostava do meu perfume. Era eu que costumava estar ao lado dela a
abraça-la para a sentir todos os segundos perto de mim. Era eu, no passado.
Agora estávamos em lugares diferentes.
- Então amor? O que se passa? – perguntou a Colbie preocupada
depois de me ter assustado quando ela me beijou a face – estás bem?
- Sim, claro que sim! – respondi fazendo um esforço para não
voltar a ter a minha atenção vidrado nela.
(Mia)
- Não me digas que vieste para teres a certeza que estávamos
bem? – perguntei ao Louis depois dos restantes rapazes terem entrado
praticamente logo a seguir ao Harry
- Também. – respondeu com um enorme sorriso – mas o principal motivo foi o Zayn que começou
a bater mal, ele já não consegue esconder que gosta dela. – tinha que fazer
alguma coisa para juntar aqueles dois
- Estou a ver que sim…temos que lhes dar um empurrãozinho! –
disse enquanto lhe piscava o olho
- Podes crer. E tu o que estavas aqui a fazer com o Harry? –
não estava á espera daquela pergunta, ainda hesitei mas depois acabei por dizer
- Bem, ele veio fazer-me companhia aqui fora pois estava a
sentir-me um bocado sufocada com tanta gente… - ele que estava ao meu lado,
pôs-se á minha frente preocupado
- E já estás melhor?
- Ainda não – precisava de estar mais um pouquinho cá fora – Tínhamos
praticamente chegado…quero ficar aqui mais algum tempinho.
- Posso fazer-te companhia? – era impossível resistir aquele
sorriso e aos lindos olhos que tinha
- Claro Louis! Claro que podes, que raio de pergunta é essa!
Só não te convido a sentares em cima do carro porque não é meu, mas mesmo assim
podes faze-lo! – soltou uma gargalhada no final e sentou-se em cima do carro
- Não queres ir dar uma volta? – olhei para ele, não sabia o
que responder
- Por mim pode ser… - só tinha uma certeza naquele momento,
ele fazia-me sentir bem e queria aproveitar isso ao máximo
(…)
A conversa foi fluindo, sentia-me bastante bem quando estava
com o Louis. Ele era um querido e fazia-me rir imenso. Adorava quando ele se
punha com as suas maluquices e com aquelas danças um pouco esquisitas mas
hilariantes. Perdi a noção do tempo, o que era um excelente sinal. Ele fazia-me
esquecer o Harry por momentos. A noite que começara agradável começava agora a
tornar-se um pouco fria.
- Estás a tremer da cabeça aos pés! – constatou ao olhar para
mim. Vi-o despir o casaco que tinha e a pô-lo por cima dos meus ombros. Não
podia negar que assim estava muito melhor.
- Não é preciso Louis, estamos quase a chegar novamente ao
bar. Assim ainda te vais constipar. Veste o casaco… - recomendei-lhe. Ia para
tirar o casaco dos ombros mas ele não me deixou
- Não te preocupes. Eu estava com ele desapertado, não tinha
frio. Tu precisas dele mais do que eu. – ele retirou-me o casaco dos ombros e
num jeito rápido, enfiou os meus braços nas mangas – assim está muito melhor –
concluiu quando se colocou á minha frente e puxou o fecho até cima. Um cheiro
bastante agradável veio do casaco, gostava bastante do perfume.
- Gosto imenso do perfume… - só depois de falar é que
realmente me apercebi do que disse. O ritmo calmo em que estava o meu coração
mudou drasticamente, batendo agora de uma forma descompassada
- Não tão bom como o teu perfume natural… - o sangue
rapidamente aflorou nas minhas maças do rosto. Elevei um pouco a cabeça para o
olhar, nem sei como tive coragem.
- Vamos? – ele apenas assentiu com a cabeça e voltamos para dentro do bar. Assim que entramos vi o
olhar do Harry a vir na minha direcção. Respirei fundo e continuei colocando um
sorriso no rosto.
(…)
- Tens a certeza que não queres o casaco? – perguntei ao
Louis quando já estávamos junto ao carro
- Tenho a certeza Mia. Dás-mo amanha! – ele inclinou-se sobre
mim e deu-me um beijo na testa – Manda mensagem quando chegares a casa está
bem? – apenas assenti com a cabeça – dorme bem! – abraçou-me e depois
despediu-se da Nicole e da Colbie e foi para o carro dele. Eu e a Nicole íamos no
carro do Harry juntamente com a Colbie pois a nossa casa ficava em caminho da
casa da Colbie, infelizmente. A Colbie passou por mim para ir para o banco da
frente.
- Acho que o Louis gosta de ti… - fiquei surpreendida com a
afirmação da Colbie – nunca o tinha visto assim com uma rapariga, ele gosta de
ti. Não achas amor? – olhei para trás e vi o Harry quase a entrar no carro.
- Não sei, ele não me disse nada… - ele respondeu rapidamente
e entrou dentro do carro. Fiquei com a afirmação da Colbie na cabeça até
chegarmos a casa. A Nicole também me tinha dito a mesma coisa. Será que ele
gosta de mim? Será que eu gosto dele? Mandei-lhe mensagem a dizer que já tinha
chegado a casa e acabei por adormecer, não a pensar no Louis, não a pensar em
mim mas sim a pensar no Harry, a pessoa que dominava os meus sonhos desde que
chegara a Londres.
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Peço desculpa por ontem não ter publicado nem avisado mas foi-me de todo impossível.
Mais uma vez, obrigada pelos comentários. Têm sido bastante bons e incrivelmente motivadores. Muito obrigada por lerem e comentarem...
Dri
Adoro!!!
ResponderEliminarEstou a adorar a fic!
ResponderEliminarPosta rápido !!!
xx
está fenomenal, acredita!
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