- Harry! –
percorri por entre as pessoas que dançavam alegremente o caminho que nos
separava. – Vamos embora, Harry. – disse
assim que cheguei junto dele. O ambiente já estava demasiado tenso e eles já
falavam a algum tempo. Porque é que ele tinha que ir ter com o John? Porque é
que ele era tão teimoso!
- Mia, eu não me vou
embora depois de saber o que me disseste! – olhei para ele com um olhar reprovador. Tinha-lhe
pedido expressamente para o fazer mas ele nem ligou.
- Com que então
este é que é o famoso Harry… - pela primeira vez vislumbrei o John depois
de ter chegado. O Brian disse qualquer coisa só o irritou ainda mais – não me vou embora só porque este tipo pensa
que é importante e vem para aqui falar do que não sabe… - ele olhou para mim – Acalma aí o teu namorado senão as coisas não vão acabar bem…
- Ouve lá, que moral
tens tu para estares a falar depois do que fizeste! Eu devia era partir-te a
cara toda… - o John projectou-se
em direcção ao Harry mas eu pus-me á frente dele e o Brian também impedindo-o
de haver confrontos
- Ouve mano… - começou
o Brian – tu já fizeste estragos
suficientes para uma vida inteira. Eu perdoei o que fizeste porque sei que não
estavas bem mas se partires para a violência por uma coisa que sabes que é
verdade, podes esquecer que alguma vez fui teu amigo. Ouviste? – o Brian
era a única pessoa que o conseguia convencer a fazer seja o que for. Ele pegou
no casaco dele e foi-se embora
- Obrigada,
Brian. Se não fosses tu… - agradeci.
- …o teu amigo não saia
vivo daqui. Eu sei… - cumprimentei-o com dois beijinhos e um grande abraço – Este é que é o “teu” Harry? – abanei afirmativamente
com a cabeça um pouco envergonhada – Ouve
meu, não te passa pela cabeça da sorte que tens por esta rapariga gostar de ti…
- Ok, Brian. Já
percebemos! – disse impedindo-o de prosseguir aquele raciocínio dele – Agora mudando de assunto não?
(…)
Já estava mais na altura de irmos embora. Assim que chegamos
ao pé do Niall e do Louis e apercebemo-nos dos seus estados de alegria elevada
concluímos que até chegarmos ao carro, iria ser um caminho longo.
- Hey, vamos
embora! – informou Harry. Eles olharam para o Harry e começaram a rir assim
do nada. Pareciam duas verdadeiras crianças – Parece que vai ter de ser á força. Mia, levas o Niall que eu encarrego-me
do Louis, pode ser?
- Claro que sim…o
Louis deve ser o mais pesado! – cheguei-me junto do Niall enquanto ele
continuava a rir alegremente e puxei-o do banco – vamos Niall. Vamos para casa… - olhei para o Harry a tentar agarrar
o Louis mas ele não estava para lá virado – problemas no reino do amor? – disse tentando não me rir. O Louis
olhou para mim de uma maneira muito estranha saltando do banco na minha
direção, agarrando-me – Louis! –
exclamei, quando senti o peso do corpo dele a fazer força sobre o meu para não
se estatelar no chão. O Harry segurou no Niall e riu-se – onde é que está a piada?! O Lou é pesado! – olhei para o Louis – não queres ir com o Harry? Ele leva-te…
- o Louis sorriu e abanou negativamente com a cabeça encostando a cabeça dele á
minha – Que mal fiz eu a Deus?! –
exclamei tentando equilibrar o corpo dele para não o deixar cair – Harry, faz alguma coisa! Usa o teu charme e
convence o Louis a ir contigo… - pedi quase suplicando
- Viste o que ele fez.
Quer ir contigo! – disse de modo algo despreocupado – Só
uma coisa, eu prometo não lhe contar que tu lhe chamaste gordo! – lancei-lhe
o meu olhar mortífero fazendo-o parar de rir. Como não tinha opção, tive que
usar bastante força para manter o corpo dele longe do chão. Depois de muito
esforço e de ter o braço praticamente dormente saímos do bar. Quando chegamos
perto do carro o Louis decidiu falar já que estava sempre a sorrir
- Mia… - se
não soubesse que era o Louis não o reconheceria pela voz. Ele parou de mexer os
pés e foi para a minha frente com uns movimentos um bocado estranhos. Enquanto
o Harry instalava o Niall no banco de trás – Eu gosto de ti! Estou apaixonado por ti… – foi como se me tivessem
dado um murro no estomago, não estava a espera. Olhei para o Harry que agora
estava a olhar para nós com um ar pouco surpreendido. Sem me dar tempo para
reagir ajoelhou-se no chão – Namora comigo!
- Louis, levanta-te.
Falamos depois quando chegar-mos está bem? – tentei levanta-lo mas não o
conseguia fazer por isso o Harry ajudou-me a pô-lo no carro. Quando fechei a
porta do carro já o Harry estava a sentar-se no banco da frente não me dando
tempo para falar. Assim que entrei o Louis estava a falar sozinho
- Estou
apaixonado pela Mia…estou apaixonado pela Mia… - dizia repetidamente com a
cabeça encostada ao vidro da janela. Aquela situação era deveras constrangedora
e como o Harry dava todos os sinais de não querer falar no assunto resolvi
pôr-me a caminho do hotel.
- Mia… - a
voz quase abafado do Niall fez-me olhar pelo espelho retrovisor para ver o que
se passava e logo percebi que essencial parar o carro antes que alguém ficasse
mal disposto. Parei na berma, accionei os quatro piscas e saí do carro. Abri a
porta do lado do Niall para lhe dar algum ar e reparei que do outro lado o
Louis já dormia. Sentei-me numa ponta do banco e fiz-lhe algumas massagens para
ver se aquilo lhe passava e se adormecia para poder voltar a conduzir.
(…)
- Harry… -
chamei-o com um tom de voz mais baixo do que era habitual depois de ter a certeza
que o Louis e o Niall dormiam pesadamente – aquilo que o Louis disse á pouco… - comecei. Estava cheia de
dúvidas. Saber que existe uma possibilidade do Louis poder gostar de mim estava
a ter o condão de me provocar inúmeras indecisões - …de, tu sabes, ele gostar de mim… - o silencio por parte do Harry
era avassalador. Não era a conversa mais fácil que se podia ter com ele, e eu
também me sentia um pouco desconfortável - …as
pessoas quando estão bêbedas normalmente dizem a verdade. Mas como tu e ele são
os melhores amigos, queria saber se ele…bem, se ele te disse que gostava de
mim… - parecia que estava a falar em seco. Foi das piores sensações da
minha vida. Parecia que tinha uma enorme bola de pelo na garganta e uma corda a
apertar o coração.
- Sentes alguma
coisa por ele? – continuava de costas para ele sem o conseguir encarar.
Odiava que me respondessem com perguntas mas dadas as circunstancias nem
liguei. Concentrei a minha atenção no rosto adormecido do Louis. Ele não me era
indiferente mas não se comparava com o Harry. Eram sentimentos completamente
diferentes.
- Sim…ele não
me é indiferente… - ouvi-o mexer-se no banco da frente e quase que jurava
que ia sair do carro mas não o fez. Depois de uma longa pausa continuei – é complicado, Harry. O Louis transmite-me
calma, muita alegria, basicamente, faz-me sentir bem. Parece que tudo se torna
fácil…como se não houvesse problemas. – tentava a todo o custo encontrar as
palavras certas mas elas não existiam – Mas
quando cruzo o meu olhar com o teu, tudo desaparece. Simplesmente deixa de
existir o mundo que nos rodeia e concentra-se tudo somente em ti. É uma
montanha-russa de sentimentos, tão depressa me fazes rir como há pouco, como
acabo a chorar, como praticamente agora. Por me aperceber que não consigo
seguir em frente, que todos os rapazes me faziam lembrar-te e o primeiro rapaz
que conheço em que isso não acontece é o teu melhor amigo! – limpei alguns resquícios
de lágrimas nos cantos dos olhos – é impressionante
o domínio que exerces sobre todos os mecanismos do meu corpo. Gostava tanto de
o conseguir fazer parar para poder seguir em frente...como fizeste com a Colbie…
- suspirei – deve ser o meu castigo por
aquilo que te fiz. – levantei-me do banco fechando a porta. Afastei-me um
pouco do carro pois sabia que estava prestes a deixar escorrer as minhas
emoções pela cara e não o queria fazer na presença dele. Depois de ficar mais
calma voltei para dentro do carro.
- O Louis gosta
de ti… - disse assim que me sentei no banco enquanto punha o cinto - …e eu não segui em frente. – fiquei sem
saber o que dizer – Só optei pela
maneira mais fácil de camuflar o vazio em que se encontrava a minha vida… -
ele abriu o vidro do seu lado – e agora com
a banda…bem, pode-se dizer que tinha pouco tempo para pensar nessas coisas. Dediquei-me
a 100% à musica para não pensar que existias mas das vezes que vim aqui aos
EUA, antes de teres voltado, pensava vinte e cinco horas por dia na
possibilidade de te encontrar no meio da multidão de fãs. Mas quando voltava
para Inglaterra só te odiava… - tentei ligar o carro mas as minhas mãos
tremiam demais – Eu não quero ser o
responsável por não seguires seja o que for que sentes pelo Louis. Como te
disse…só quero que sejas feliz. – ele não disse mais nada e eu também não.
Por mais que quisesse não conseguia. Liguei novamente o carro e voltamos o
hotel.
Espero que tenham gostado! =)
Já sabem, deixem os vossos comentários ou sugestões. São muito importantes!!
Dri
Esta lindo o capitulo!
ResponderEliminarposta rapido!!!
escreves lindamente, continua assim. Quantos capitulos mais ou menos estas a pensar que ao todo vai ter a Fic?
ResponderEliminarsinceramente ainda não sei...vai depender da minha imaginação. Eu já decidi o destino de todas as personagens, mas vai tudo depender da forma como eu tiver inspirada em cada capitulo...
EliminarÉ algo muito incerto.
Está fantástico, parabéns! :)
ResponderEliminarAté me vieram as lágrimas aos olhos!