(Nicole)
Depois da Mia e da minha pirralha se terem ido
embora fui tomar um longo e relaxante banho. Podiam ser apenas poucas horas sem
a minha irmã mas eram o suficiente para relaxar sem a ouvir sempre a chamar por
mim. Amava a minha irmã mas às vezes precisava de umas férias dela.
(…)
Assim que saí do banho vi que o meu telemóvel tinha
uma mensagem. Ao principio pensei que fosse a Mia a contar algo importante mas
assim que vi o nome do Zayn no visor, as borboletas apareceram na minha barriga
prontas para me deixarem com um sorriso apaixonado na cara.
Bom
dia princesa! Sei que já deves estar acordada algum tempo mas só acordei agora
:S. Adoro-te.
O Zayn mandava-me sempre mensagem assim que
acordava desejando-me os bons dias. Deixava-me sempre assim, nas nuvens, a
suspirar por todos os cantos. Estava inevitavelmente apaixonada. Não conseguia
parar de sorrir sempre que olhava para a fotografia que tinha de fundo no meu
telemóvel. Aquele sorriso maravilhoso do Zayn completava o meu dia. Assim que
me arranjei, peguei na minha mala e fui até á casa dos rapazes. Precisava de
falar com o Harry sobre a Mia. Quem me abriu a porta foi o Zayn.
- Bom dia
linda. – enquanto se chegava junto a mim depositando um beijo muito fofo na
minha bochecha. O meu coração parava sempre que aqueles olhos cor de avelã me
olhavam docemente juntamente com aquele sorriso.
- Bom dia
Zayn!! – respondi tentando parecer o mais natural possível. Entramos dentro
de casa e a minha irmã estava entretida a ver um filme da Disney. – Estavas a ver?
- Digamos
que a tua irmã tem uma boa capacidade de persuasão. – não consegui deixar
de rir. – principalmente quando se
agarra a mim e só me deixa quando fizer o que ela quer! – Sentei-me ao lado
da minha irmã e ela apenas me deu um beijo rápido e mandou-me fazer pouco
barulho pois estava a ver o filme.
- Onde é que
estão todos? – perguntei puxando o Zayn para longe da televisão para não
chatear a Lottie – quer dizer, tirando o
Louis e a Mia, claro.
- O Niall e
o Liam tiveram que ir ao estúdio e disseram que depois iam almoçar ao Nando’s.
O Harry e a Colbie discutiram esta manhã e ela foi-se embora. O Harry está a
cozinhar e eu estava a ver um filme da barbie. – falou num tom baixo muito
perto de mim. Arrepiava-me por completo ouvir a sua voz deixando-me sem jeito.
- Preciso de
falar com o Harry, quero ver como ele está. Vou ter com ele à cozinha está bem?
– ele apenas sorriu e voltou para o pé da minha irmã.
Encaminhe-me até à cozinha e encontrei o Harry a
preparar o almoço. Mas não da maneira como o costumava encontrar, com um
sorriso nos lábios. Bem pelo contrário, estava a descarregar toda a sua
frustração, tristeza na comida. A sua postura estava algo desleixada como se
nada o motivasse e o brilho do rosto, tão característico nele o qual levava ao
delírio as fãs, já não estava patenteado na sua face. Ao invés, um rosto pálido
e praticamente sem vida estava bem presente. Custava-me vê-lo assim. Custava
muito. Ele era o meu melhor amigo, e o pior sentimento que se podia ter, era
não conseguir mudar o que o fazia sofrer. Tornava-me impotente.
- Harry…
- chamei-o. Só quando a minha voz se propagou pela cozinha é que ele deu pela
minha presença. Ele estava tão compenetrado no descascar de uma cebola que não
ouvia mais nada. O Harry lançou-me um olhar rapidamente e voltou a prestar
atenção ao que estava a fazer. Sim, porque com a violência que estava a
descascar o alimento podia-se cortar se não estive a prestar a devida atenção.
Ele podia não estar muito dado a conversas mas tinha que falar comigo, a bem ou
a mal. Cheguei-me junto dele e pousei a minha mão na dele fazendo-o parar
continuando a não me encarar – Preciso
de falar contigo… - ele ignorou por completo a minha frase retirando
gentilmente a minha mão de cima da dele para continuar o que estava a fazer. O
problema dele é que eu não desistia facilmente. Elevei a minha mão direita até
á face dele e fi-lo olhar para mim para entender que não estava pronta a
desistir de ter uma conversa séria com ele. O meu olhar foi de encontro ao
dele, odiava falar e não olhar as pessoas nos olhos, e foi então que percebi o
porquê dele não querer falar comigo. Tinha os seus lindos olhos verdes cobertos
por uma fina camada de água e algo vermelhos. Provavelmente já estaria a chorar
desde que fora para a cozinha e como o almoço estava quase pronto, já devia ser
a algum tempo. – Harry, porque é que
estás a chorar? – lembrei-me que o Zayn tinha dito que ele tinha discutido
com a Colbie mas tinha a certeza que a Mia estaria por detrás daquela face
tristonha.
- Eu não estou a chorar... – falou com
uma voz tão pequenina e frágil que até a mim me doeu. Retirou a minha mão que
segurava a face dele e concluiu o seu raciocínio – é por causa da cebola… - mas antes que ele pudesse voltar á sua
tarefa interrompi-o
-
Desde quando é que mentes à tua melhor amiga? – ele pousou calmamente a faca na banca e fitou-me.
Dava para ver claramente que ele não estava bem. Num abrir e fechar olhos, ele
envolveu-me num forte abraço. Um choro compulsivo e o soluçar por parte dele
eram os únicos ruídos que quebravam o silêncio da cozinha. Pousei uma das
minhas mãos nas costas dele na tentativa de o fazer acalmar mas nada feito. Ele
abraçava-me cada vez com mais força à medida que o choro se intensificava.
Fiquei sem saber o que dizer. Apenas correspondi á força do abraço para o fazer
sentir seguro ao meu lado, que podia contar comigo para o que quisesse e que
acima de tudo, estaria sempre com ele, seja qual for a decisão dele. Algumas
gotículas de água começaram a juntar-se nos cantos dos meus olhos. Era doloroso
saber que os meus melhores amigos estavam a sofrer e que por mais que me
custasse aceitar, não dependia de mim consegui-los juntar. – Melhor? – perguntei assim que ele
largou lentamente o meu corpo deixando-me solta. Ele enxugou as lágrimas e
depois soltou um sorriso tímido, mas sincero.
- Muito.
Acho que por estes dias já chorei por uma vida inteira. – ele chegou-se
novamente junto a mim e depositou na minha testa um leve e suave beijo – obrigada Nicole. – sorri, pois tinha
conseguido arrancar-lhe um breve sorriso. Ele ia voltar a concentrar-se no
almoço mas não o deixei
- Lá por
teres inundado o meu ombro de lágrimas não te livras de uma conversa. –
agarrei-o pelo braço e puxei-o até a uma cadeira – senta-te!
- Não quero,
Nicole!
- Já pareces
a minha irmã quando não quer comer a sopa. Não queres, mas vais ouvir! –
ele acabou por suspirar e resignar-se pois sabia que a bem ou a mal, tinha que
falar comigo – Bem…o Zayn disse-me que discutiste
com a Colbie. Já reparei que as discussões entre vocês começaram desde que a
Mia chegou. Quando, provavelmente, reparaste que ela era a única que conseguia
fazer-te verdadeiramente feliz…
- Nicole,
eu… - notava-se a olhos vistos que lhe custava imenso falar na Mia e em
tudo o que se estava a passar – Eu
realmente achava que gostava da Colbie mas só quando apareceu a Mia é que me
apercebi que andava iludido. Que a Mia era a única rapariga que conseguia pôr,
literalmente, o meu coração aos pulos. Tudo o que faz exerce um poder sobre mim
inexplicável.
- Mas não é
só por isso que estás assim hoje, pois não? – o olhar dele estava preso ao
tampo da mesa e pela primeira vez, desde que se sentara, olhou para mim.
- Como
sabes, a Mia foi com o Louis até á casa dele. Ele disse-me que tinha uma
surpresa engendrada para ela mas não me disse pois tinha medo que corresse mal
e achou melhor manter tudo em segredo. – nunca o tinha visto assim tão mal,
toda aquela alegria contagiante tão característica dele tinha evaporado – Nicole, tenho medo, muito medo. Aliás, acho
que estou aterrorizado…
- Com o quê?
- Que eles
entrem por aquela porta de mãos dadas e felizes acabando com o que resta do meu
coração. Juro que tenho tentado meter essa ideia na minha cabeça desde que eles
se foram embora mas não consigo. Só de pensar que ela… - ele parou de falar
e deixou de me olhar por breves segundos. Estava a fazer um esforço enorme para
não chorar de novo. Cheguei-me de novo para junto dele e abracei-o, sabia que
era disso que ele precisava novamente. –
…provoca uma dor tão grande cá dentro
inexplicável. Às vezes tenho uma vontade tão grande de a agarrar para mim e
beija-la que nem imaginas. Pegar nela e pormo-nos num avião rumo a uma ilha
deserta no meio do Pacifico onde não haja nada nem ninguém. Só nós dois. –
ele voltou a fazer uma longa pausa para se controlar. Por mais que tentasse
arranjar algo para lhe dizer para o fazer sentir melhor não conseguia – Depois aparece o Louis e sinto-me ainda
pior.
- Ouve-me.
– enquanto segurava as mãos dele - Eu
sei que achas que a Mia gosta do Louis, talvez tenhas razão. Ela sente alguma
coisa por ele. – a expressão do Harry ainda ficou mais desanimada – Harry, ela está carente. Sempre que fica
mais do que cinco minutos contigo acaba a chorar ou a discutir e isso não é
saudável. O Louis dá-lhe a atenção que ela procurava em ti. Sente-se protegida
quando está com ele, esquece-se dos problemas e acima de tudo, sente-se feliz,
pelo menos enquanto não está a pensar em ti. Tu és capaz de a fazer a rapariga
mais feliz mas infelizmente, ultimamente, só lhe tens dado motivos para chorar.
- Vês! É
isso que mais me magoa, saber que não consigo voltar a pô-la a sorrir como
antigamente. Não imaginas o quanto é que isso me entristece.
- Queres que
te dê um conselho?
- Claro!
- Eu juro
que não tenho nada contra a Colbie. Ela é simpática, bastante querida, sempre
te tratou bem e nunca foi daquelas de nariz empinado. – era verdade, ela
era uma rapariga extraordinária – Tu
sabes que gosto dela e por gostar dela é que acho que o melhor seria acabares
com ela. Não é justo para ela e também não te faz bem a ti.
- Eu ando a
pensar nisso desde hoje de manhã…
- Então
porquê?
- A Colbie
passou cá a noite e emprestei-lhe uma t-shirt para ela vestir para dormir. –
acho que a minha cara era de admiração –
Sim, ela dormiu comigo mas não aconteceu
nada! O problema mesmo foi quando a Mia a viu descer as escadas assim vestida.
- A Mia
viu?! Oh meu Deus! Ela deve ter ficado destroçada…tu sabes que ela nunca teve
nada com outro rapaz e pensar que tu…bem, ela de certeza que não ficou bem.
-
Eu sei… -
começou-me a cheirar a qualquer coisa que não era muito normal – o almoço! – exclamou ele levantando-se
da cadeira – ainda temos comida. Não
está nada esturricado. – pouco tempo depois chamei o Zayn e a minha irmã
para ir comer.
(…)
- Meus
amores, eu vou pegar na minha pequenina e vou sair. – disse Harry
dirigindo-se até á Lottie para pegar nela – por isso aproveitem o facto de a casa estar vazia! – olhei de
relance para o Zayn e não consegui deixar de corar – PORTEM-SE MAL!!! – gritou da porta da casa. Pronto, estava sozinha
com o Zayn.
Espero que tenham gostado!!
Voltei-me um pouco para o Zayn e para a Nicole, espero que não se importem :P
Já sabem, deixem os vossos comentários. São uma excelente fonte de inspiração!
Obrigada
Dri
Fico muito contente por te teres virado um bocadinho para o zayn ( e tu sabes bem porquê :D .
ResponderEliminarQuanto ao resto, o capítulo continua perfeito como sempre nos habituas. O que dizer? Fico sempre sem palavras e acabo por me repetir uma centena de vezes.
Continua o bom trabalho !
Beijinhos
Por mim, desde que postes, estás à vontade de te virar para que POV seja *.*
ResponderEliminargostei muito. fizeste bem em teres-te virado mais para a Nicole e para o Zayn. espero que no proximo capitulo avances também a historia da Mia e do Harry.
ResponderEliminarsabes vez pelo meu nickname sou um bocado obcecada pelo harry e a fic parece tao real que doi velo assim adoro
ResponderEliminarAdoro *.* a fic está linda!
ResponderEliminarSimplesmente fantástico como todos os outros.
ResponderEliminarsuperas as minhas expectativas.
não tenho andado a comentar pois tenho sempre a mesma coisa a dizer.
e vim aqui relembrar-te o quanto boa és.
continua, adoro!!
Publica o mais rápido possivel
:)
Beijos