sexta-feira, 22 de junho de 2012

29º Capitulo - Só existe uma pessoa capaz de mudar o meu mundo do avesso



(Mia)

Entrei no carro do Louis ainda com aquelas frases do Harry na cabeça. Juro que não o percebia. Não conseguia compreender aquela atitude. Ele estava com a Colbie, que moral é que ele tinha para decidir seja o que for na minha vida! O caminho até Doncaster foi longo mas não houve nem um momento em que não me risse. Ele fazia-me rir como à muito tempo não acontecia. Desde o Harry, mais propriamente. Quando chegamos a casa dele já me doía o corpo de tanto rir.

Assim que vi a casa dele é que me apercebi que estava mesmo na casa dele. Comecei realmente a ficar nervosa sem saber muito bem porquê.

- Lou – chamei-o antes de sairmos do carro – acho que foi má ideia ter vindo.

- Porquê?

- Sei lá, parece que estou a invadir a tua casa. A tua mãe deve ficar a pensar que não tenho vida e que não tenho mais nada para fazer do que andar a estragar momentos de família. – o Louis olhava-me algo perplexo com as minhas palavras – era nesta altura que devias dizer alguma coisa!

- Deixa de ter ideias idiotas, sim? Não estás a invadir a casa de ninguém, és minha convidada. – respondeu-me de forma bastante carinhosa

Assim que saímos do carro, o Louis foi literalmente atacado por quatro meninas. Estavam completamente cheias de saudades dele. Presumi que fossem irmãs dele. Pareciam-me todas iguais mas eram lindíssimas.

- Já vi para onde é que foi a beleza da tua família. Foi toda para as tuas irmãs porque para ti já não posso dizer o mesmo. – ele olhava-me surpreendido enquanto que as irmãs dele se riam

- E eu a pensar que tinha as minhas irmãs do meu lado, afinal…

(…)

Fiquei encantadíssima com a família dele, as irmãs eram uns amores principalmente as gémeas, e a mãe também era um amor de pessoa. Depois de almoçarmos o Louis decidiu mostrar-me a zona. Fomos no carro dele até que ele decidiu estaciona-lo para que pudéssemos visitar o resto dos lugares a pé. Estava mesmo a adorar estar ali com o Louis. Desanuviar dos meus problemas nem que fosse apenas por um dia, era o melhor. Podia não estar o dia mais solarengo pois as nuvens davam ao dia um lado mais tristonho mas não era isso que me impedia de rir das palhaçadas dele, de o ver a saltar pelos bancos do jardim e gritar “superman”! Hilariante de se ver. Quase que assustava as criancinhas que brincavam no jardim pois ficaram algo estupefactas a olhar para ele.

- Lou! Acho que estás a assustar as crianças! – exclamei tentando não me desmanchar a rir – Coitadas, elas agora vão ficar com medo de crescer e ficar assim como tu – ele olhou para mim seriamente e previ logo que não iria sair impune. Comecei a dar passos para trás na tentativa de me afastar o mais possível dele. Vi-o sorrir. Já sabia que estava tramada. Ele começou a correr na minha direção enquanto fugi-a dele. Não demorou muito tempo até ele me apanhar atirando-me para a relva do jardim. – Ok! Rendo-me, Louis. – disse antes que ele pudesse começar a fazer-me cócegas. Antes que pudesse pensar em mais alguma coisa para me fazer começou a chover torrencialmente.

- Uma árvore?! – disse depois de recuperar o folego da corrida até debaixo de uma enorme árvore. Ninguém se abrigava da chuva debaixo de uma árvore, só mesmo nós. Infelizmente, não havia melhor e o carro estava bastante longe. Gotas de água continuavam a cair por mim a baixo mas agora com muito menor intensidade. A aragem que à minutos atrás não me provocava frio, agora, por causa do meu corpo molhado, causava-me arrepios de frio. Tentei esfregar as minhas mãos contra a pele dos meus braços para tentar aquecer-me mas nada feito. Ainda não me tinha apercebido da tão pouca distância que havia entre nós. Só quando as mãos dele tocaram na minha pele para me tentar aquecer é que o olhei. O toque dele queimava-me por dentro, era algo estranho como de desconcertante. Inexplicável, por certo.     

- Deixa só ver se a chuva acalma para irmos para o carro – algo de errado se estava a passar comigo. Por largos segundos não consegui desviar o meu olhar do dele. Simplesmente não conseguia. O meu corpo começara a perder forças por isso tive que me encostar ao tronco da árvore. Estava hipnotizada com o que via, com o rapaz que estava á minha frente. O cabelo algo molhado dava-lhe um ar ainda mais irresistível. Algumas gotículas de água a escorrerem-lhe pela cara faziam prender a minha total atenção. Deixei de pensar. Ele também se prendera a mim. Aproximou-se ainda mais de mim provocando um aumento da minha pulsação. Estava inevitavelmente descontrolada. Uma das mãos dele veio ao encontro da minha face desviando umas mechas de cabelo que caiam na frente da minha cara. Acabou por deixar a mão em contacto com a pele da minha face, acariciando-a com a polpa dos dedos. Ao inclinar-se sobre mim conseguia sentir a respiração dele contra os meus lábios. Foi apenas uma questão de meros segundos até sentir os lábios dele contra os meus de forma bastante dócil. Não sabia se era por causa da chuva a escorrer por nós que não queria acabar com o beijo, era diferente. – ainda tens frio? – perguntou-me depois de quebrar o beijo. Fiquei estupefacta, ele tinha acabado de me beijar e a primeira pergunta que me faz é se tenho frio! Apenas abanei negativamente a cabeça. Simplesmente não conseguia falar. A única coisa que sabia é que deixara de ter frio desde que me tocara – Já não está a chover tanto…acho melhor aproveitarmos agora para irmos para o carro. – continuava completamente apática. Ele agarrou na minha mão e começamos a correr até ao carro dele. Não houve nem uma única palavra durante o caminho todo de volta para a casa da mãe dele. Apenas o som da música proveniente da rádio animava aquele automóvel.

Houve apenas trocas de olhares assim que chegamos a casa dele. A situação estava um bocado constrangedora mas eu também não tinha coragem para falar sobre o assunto. A mãe dele era bastante simpática e até me conseguiu convencer a passar a noite por lá. Mandei mensagem á Nicole a informa-la e pela primeira vez lembrei-me do Harry. Foi como se me tivesse levado um murro no estômago. Como se estivesse a ir contra aquilo que realmente sentia.

(…)

- Mia, vais dormir no meu quarto enquanto eu fico na sala. Já te deixei uma camisola minha para dormires em cima da cama. – foi a primeira vez que ele falara diretamente para mim desde o beijo e eu continuava apática. Não tive forças sequer para contrariar aquela decisão. Subi para o quarto dele e deitei-me. Precisava urgentemente de pensar sobre o assunto.


***

- Sabes uma coisa? – olhei para o Harry. Tinha a minha cabeça repousada em cima das suas pernas num dos muitos bancos da escola. Ele olhava-me com aquele sorriso maroto, era sinal de que coisa boa não era de certeza – a minha mãe e o meu padrasto vão passar o fim-de-semana fora e a minha irmã também por isso significa que tenho a casa por minha conta. – ele inclinou-se sobre mim ficando ainda mais perto – Queres passa-lo todinho em minha casa? – perguntou com aquela voz tremendamente sexy enquanto entrelaçava os dedos nos meus

- Achas, sinceramente, que os meus queridos pais me iriam deixar passar a noite em casa do meu namorado?! – conhecendo os meus pais como conhecia, sabia perfeitamente que eles nunca me iriam deixar passar uma noite fora de casa. – Tenho dezasseis anos, não dezoito. Além disso, eles agora andam com uma conversa muito estranha, sempre a falarem em São Francisco e em como a cidade é linda e maravilhosa.    

- Vais-te mudar?! – só de pensar numa hipótese remota em ter de me mudar era verdadeiramente assustador – Isso fica do outro lado do mundo…

- Não! O patrão do meu pai está a gostar imenso do trabalho dele. Deve ser o próximo destino de férias.

- Então quer dizer que não vamos passar o fim-de-semana juntos? – quando ele falava daquele jeito fazendo aqueles olhinhos, sabia que não conseguiria dizer que não

- Vamos. – um sorriso rapidamente aflorou no seu rosto – Mas só durante o dia… - avisei-o

(…)

Toquei á campainha da casa dele e rapidamente Harry apareceu para a abrir. Era um bocado estranho estar em casa dele e saber que a casa era só nossa. Rapidamente os braços dele ladearam a minha cintura e inclinou-se sobre mim para me beijar. Não sei porquê mas virei-lhe a cara. A cara dele, depois do que fiz, foi uma das coisas mais fofinhas que alguma vez tinha visto.

- Acho que te vou fazer sofrer um bocado! – ele olhava-me de forma escandalizada enquanto me ria. Mas não desistiu de voltar a beijar-me. Aliás nunca desistia de nada do que quisesse. Adorava aquele lado dele persistente, meio teimoso, dedicado e que lutava por aquilo que mais amava. – Já te disse que não – pronunciei depois de me ter esquivado novamente

- Ai não? – aquele olhar significava que também ia sofrer. Harry começou a beijar-me o pescoço, de uma maneira intensa por toda a parte. Depois começou a subir mas sempre que se aproximava da minha boca, simplesmente passava à frente. Conhecia-me demasiado bem, sabia perfeitamente que isso me punha doida por um beijo e acabava sempre por lhe implorar que me beijasse, embora resistisse o máximo que conseguia.

– Ai Harry… Para… - Ele fez pressão sobre o meu corpo até me encostar contra a porta. Desejava terminantemente que ele acabasse com aquela tortura de vez. Mas também sabia que ele não pararia enquanto não me ouvisse implorar-lhe por um beijo. – Harry sabes bem que me está a pôr doida. – Mas ele continuava sem se pronunciar, continuava a beijar-me todo o pescoço  – Pronto beija-me, beija-me de uma vez. Eu imploro-te.Ele parou e sorriu-me, só ele conseguia pôr o meu coração daquele jeito, tão depressa batia rápido como no segundo seguinte já estava parado. Retirou as mãos que repousavam na minha cintura e envolveu a minha face com elas. Finalmente uniu os nossos lábios num beijo calmo mas cheio de sentimento. Era como se me apaixonasse de novo sempre que ele me beijava. Não havia nada que se comparasse com esse sentimento. Do jeito que ele me fazia sorrir e de como cada toque dele, e só dele, me fazia arrepiar como se fosse a primeira vez.  

- Harry… – disse ofegante quando quebramos o meu beijo. Aqueles olhos verdes penetrantes com aquele brilho tão característico faziam-me ter a certeza que o amava – Eu amo-te… - um sorriso genuíno formou-se nos seus lábios e isso deixava-me incrivelmente contente. Saber que o deixava assim, feliz, era tudo do que precisava. 

- Eu também te amo Mia, muito. – respondeu-me de modo apaixonado.

***

Acordei novamente a pensar no Harry. Já era um hábito, um mau hábito. Sempre que sonhava com ele acordava com aquelas malditas borboletas na barriga. E continuava a ser ele, o único, que me deixava assim, como a Nicole diz, apaixonada. Olhei para o relógio e reparei que já era de dia por isso levantei-me. Iria preparar um pequeno-almoço para todos eles em forma de agradecimento por toda a hospitalidade. Vesti novamente a minha roupa mas assim que desci encontrei o Louis na cozinha. Era a altura certa para pôr termo à confusão que se encontrava a minha cabeça.

- Louis? – chamei-o – precisamos de falar.



Desculpem a demora mas tenho andado com alguma "falta de palavras". Nada me tem saído realmente bem =S
Bem, espero que mesmo assim tenham gostado.

Muito obrigado pelos comentários, são extraordinários!

Dri 

12 comentários:

  1. Com ou sem "falta de palavras" o capítulo está fantástico como todos os outros :D

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  2. oh paaa n cheguei a saber o que dizia na revista nem a reaçao do harry... o que sera que mia lhe vai dizer :? tou muitooooo anciosa *-*
    e ja agora esta linda como sempre

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  3. FALTA DE PALAVRAS?! Digo-te, quem me dera escrever como tu!

    Está absolutamente fantástico como todos os outros! *-*

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  4. Amo a tua Fic *.*
    Escreves plenamente bem!

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  5. Amo a tua fic *.*
    Escreves plenamente bem! Quem me dera mesmo com essa "falta de palavras" escrever como tu :P

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  6. Lindo, perdeito, único...
    são tantos os adjetivos para descrever
    continua :)

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  7. Está lindo! Escreves muito bem!

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  8. A Mia devia contar ao Louis sobre o Harry. A tua FIC é linda e este capitulo também esta optimo como todos os outros. Continua assim.

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  9. Olá minha querida, aqui estou eu novamente como já é costume.
    Li o teu capítulo pelo telemóvel e como sabes não consigo comentar quando faço a minha leitura utilizando aquele meio.
    O que dizer? Mais um capítulo perfeito, e quem me dera que a minha falta de palavras representasse metade do teu talento, era sinal que ainda conseguia escrever bem.
    Nunca duvides do teu talento, és uma escritora simplesmente excepcional.
    Quanto ao capítulo, eu deveria estar aos pulinhos porque o Lou e a Mia se beijaram mas não consigo. Penso no Harry e não consigo.
    Ahahha
    Beijinhos minha querida, <3

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  10. Olá!
    Comecei a ler a tua fic há aproximadamente dois dias e não existe nada de mau a apontar.
    A tua fic é extraordinariamente perfeita!
    Cada descrição, cada sentimento expresso, é tudo tão perfeitamente formado e pensado..!
    Fizeste-me rir, fizeste-me chorar, fizeste-me sentir tanta coisa! Só de pensar que algum dia esta se possa tornar a história de algum deles...
    A tua escrita é fenomenal e ainda bem que te lembraste de a escrever, porque tenho a certeza que reforçaste a vontade de sonhar de bastantes pessoas.
    É quase impossível comentar a tua fic sem pensarmos que o que te estamos a escrever é insuficiente.
    Deixaste-me mesmo emocionada *.*
    Fiquei com uma vontade imensa de te conhecer xb
    Espero que coloques um capítulo novo brevemente, fico vivamente à espera ^^
    Beijinho's

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  11. Passa pelo nosso blog temos lá uma coisa para ti :)
    A tua FIC é linda , escreves mesmo bem

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  12. Adoro a tua fic, todos os dias venho aqui ver se já há mais algum capítulo e quando há fico tão contente :D
    continua assim, e pf publica rápido, estou muito curiosa com o que se vai passar a seguir (:

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