(Mia)
Entrei no carro do Louis ainda com aquelas frases
do Harry na cabeça. Juro que não o percebia. Não conseguia compreender aquela
atitude. Ele estava com a Colbie, que moral é que ele tinha para decidir seja o
que for na minha vida! O caminho até Doncaster foi longo mas não houve nem um
momento em que não me risse. Ele fazia-me rir como à muito tempo não acontecia.
Desde o Harry, mais propriamente. Quando chegamos a casa dele já me doía o
corpo de tanto rir.
Assim que vi a casa dele é que me apercebi que
estava mesmo na casa dele. Comecei realmente a ficar nervosa sem saber muito
bem porquê.
- Lou – chamei-o antes de sairmos do carro – acho
que foi má ideia ter vindo.
- Porquê?
- Sei lá, parece que estou a invadir a tua casa. A
tua mãe deve ficar a pensar que não tenho vida e que não tenho mais nada para
fazer do que andar a estragar momentos de família. – o Louis olhava-me algo
perplexo com as minhas palavras – era nesta altura que devias dizer alguma
coisa!
- Deixa de ter ideias idiotas, sim? Não estás a
invadir a casa de ninguém, és minha convidada. – respondeu-me de forma bastante
carinhosa
Assim que saímos do carro, o Louis foi literalmente
atacado por quatro meninas. Estavam completamente cheias de saudades dele.
Presumi que fossem irmãs dele. Pareciam-me todas iguais mas eram lindíssimas.
- Já vi para onde é que foi a beleza da tua
família. Foi toda para as tuas irmãs porque para ti já não posso dizer o mesmo.
– ele olhava-me surpreendido enquanto que as irmãs dele se riam
- E eu a pensar que tinha as minhas irmãs do meu
lado, afinal…
(…)
Fiquei encantadíssima com a família dele, as irmãs
eram uns amores principalmente as gémeas, e a mãe também era um amor de pessoa.
Depois de almoçarmos o Louis decidiu mostrar-me a zona. Fomos no carro dele até
que ele decidiu estaciona-lo para que pudéssemos visitar o resto dos lugares a
pé. Estava mesmo a adorar estar ali com o Louis. Desanuviar dos meus problemas
nem que fosse apenas por um dia, era o melhor. Podia não estar o dia mais
solarengo pois as nuvens davam ao dia um lado mais tristonho mas não era isso
que me impedia de rir das palhaçadas dele, de o ver a saltar pelos bancos do
jardim e gritar “superman”! Hilariante de se ver. Quase que assustava as criancinhas
que brincavam no jardim pois ficaram algo estupefactas a olhar para ele.
- Lou! Acho que estás a assustar as crianças! –
exclamei tentando não me desmanchar a rir – Coitadas, elas agora vão ficar com
medo de crescer e ficar assim como tu – ele olhou para mim seriamente e previ
logo que não iria sair impune. Comecei a dar passos para trás na tentativa de
me afastar o mais possível dele. Vi-o sorrir. Já sabia que estava tramada. Ele
começou a correr na minha direção enquanto fugi-a dele. Não demorou muito tempo
até ele me apanhar atirando-me para a relva do jardim. – Ok! Rendo-me, Louis. –
disse antes que ele pudesse começar a fazer-me cócegas. Antes que pudesse
pensar em mais alguma coisa para me fazer começou a chover torrencialmente.
- Uma árvore?! – disse depois de recuperar o folego
da corrida até debaixo de uma enorme árvore. Ninguém se abrigava da chuva
debaixo de uma árvore, só mesmo nós. Infelizmente, não havia melhor e o carro
estava bastante longe. Gotas de água continuavam a cair por mim a baixo mas
agora com muito menor intensidade. A aragem que à minutos atrás não me
provocava frio, agora, por causa do meu corpo molhado, causava-me arrepios de
frio. Tentei esfregar as minhas mãos contra a pele dos meus braços para tentar
aquecer-me mas nada feito. Ainda não me tinha apercebido da tão pouca distância
que havia entre nós. Só quando as mãos dele tocaram na minha pele para me
tentar aquecer é que o olhei. O toque dele queimava-me por dentro, era algo
estranho como de desconcertante. Inexplicável, por certo.
- Deixa só ver se a chuva acalma para irmos para o
carro – algo de errado se estava a passar comigo. Por largos segundos não
consegui desviar o meu olhar do dele. Simplesmente não conseguia. O meu corpo
começara a perder forças por isso tive que me encostar ao tronco da árvore.
Estava hipnotizada com o que via, com o rapaz que estava á minha frente. O
cabelo algo molhado dava-lhe um ar ainda mais irresistível. Algumas gotículas
de água a escorrerem-lhe pela cara faziam prender a minha total atenção. Deixei
de pensar. Ele também se prendera a mim. Aproximou-se ainda mais de mim
provocando um aumento da minha pulsação. Estava inevitavelmente descontrolada. Uma
das mãos dele veio ao encontro da minha face desviando umas mechas de cabelo
que caiam na frente da minha cara. Acabou por deixar a mão em contacto com a
pele da minha face, acariciando-a com a polpa dos dedos. Ao inclinar-se sobre
mim conseguia sentir a respiração dele contra os meus lábios. Foi apenas uma
questão de meros segundos até sentir os lábios dele contra os meus de forma
bastante dócil. Não sabia se era por causa da chuva a escorrer por nós que não queria
acabar com o beijo, era diferente. – ainda tens frio? – perguntou-me depois de
quebrar o beijo. Fiquei estupefacta, ele tinha acabado de me beijar e a
primeira pergunta que me faz é se tenho frio! Apenas abanei negativamente a
cabeça. Simplesmente não conseguia falar. A única coisa que sabia é que deixara
de ter frio desde que me tocara – Já não está a chover tanto…acho melhor
aproveitarmos agora para irmos para o carro. – continuava completamente
apática. Ele agarrou na minha mão e começamos a correr até ao carro dele. Não
houve nem uma única palavra durante o caminho todo de volta para a casa da mãe
dele. Apenas o som da música proveniente da rádio animava aquele automóvel.
Houve apenas trocas de olhares assim que chegamos a
casa dele. A situação estava um bocado constrangedora mas eu também não tinha
coragem para falar sobre o assunto. A mãe dele era bastante simpática e até me
conseguiu convencer a passar a noite por lá. Mandei mensagem á Nicole a
informa-la e pela primeira vez lembrei-me do Harry. Foi como se me tivesse
levado um murro no estômago. Como se estivesse a ir contra aquilo que realmente
sentia.
(…)
- Mia, vais dormir no meu quarto enquanto eu fico
na sala. Já te deixei uma camisola minha para dormires em cima da cama. – foi a
primeira vez que ele falara diretamente para mim desde o beijo e eu continuava
apática. Não tive forças sequer para contrariar aquela decisão. Subi para o
quarto dele e deitei-me. Precisava urgentemente de pensar sobre o assunto.
***
-
Sabes uma coisa? – olhei para o Harry. Tinha a minha cabeça repousada em cima
das suas pernas num dos muitos bancos da escola. Ele olhava-me com aquele
sorriso maroto, era sinal de que coisa boa não era de certeza – a minha mãe e o
meu padrasto vão passar o fim-de-semana fora e a minha irmã também por isso
significa que tenho a casa por minha conta. – ele inclinou-se sobre mim ficando
ainda mais perto – Queres passa-lo todinho em minha casa? – perguntou com
aquela voz tremendamente sexy enquanto entrelaçava os dedos nos meus
-
Achas, sinceramente, que os meus queridos pais me iriam deixar passar a noite
em casa do meu namorado?! – conhecendo os meus pais como conhecia, sabia perfeitamente
que eles nunca me iriam deixar passar uma noite fora de casa. – Tenho dezasseis
anos, não dezoito. Além disso, eles agora andam com uma conversa muito
estranha, sempre a falarem em São Francisco e em como a cidade é linda e
maravilhosa.
-
Vais-te mudar?! – só de pensar numa hipótese remota em ter de me mudar era
verdadeiramente assustador – Isso fica do outro lado do mundo…
-
Não! O patrão do meu pai está a gostar imenso do trabalho dele. Deve ser o
próximo destino de férias.
-
Então quer dizer que não vamos passar o fim-de-semana juntos? – quando ele
falava daquele jeito fazendo aqueles olhinhos, sabia que não conseguiria dizer
que não
-
Vamos. – um sorriso rapidamente aflorou no seu rosto – Mas só durante o dia… -
avisei-o
(…)
Toquei á
campainha da casa dele e rapidamente Harry apareceu para a abrir. Era um bocado
estranho estar em casa dele e saber que a casa era só nossa. Rapidamente os braços dele ladearam a minha cintura e inclinou-se sobre
mim para me beijar. Não sei porquê mas virei-lhe a cara. A cara dele, depois do
que fiz, foi uma das coisas mais fofinhas que alguma vez tinha visto.
- Acho que te vou fazer
sofrer um bocado! – ele olhava-me de forma escandalizada enquanto me ria. Mas não
desistiu de voltar a beijar-me. Aliás nunca desistia de nada do que quisesse.
Adorava aquele lado dele persistente, meio teimoso, dedicado e que lutava por
aquilo que mais amava. – Já te disse que não – pronunciei depois de me ter
esquivado novamente
- Ai não? – aquele olhar significava
que também ia sofrer. Harry começou a beijar-me o pescoço, de uma maneira
intensa por toda a parte. Depois começou a subir mas sempre que se aproximava
da minha boca, simplesmente passava à frente. Conhecia-me demasiado bem, sabia
perfeitamente que isso me punha doida por um beijo e acabava sempre por lhe
implorar que me beijasse, embora resistisse o máximo que conseguia.
– Ai Harry… Para… - Ele fez pressão sobre o meu corpo até me encostar contra
a porta. Desejava terminantemente que ele acabasse com aquela tortura de vez. Mas
também sabia que ele não pararia enquanto não me ouvisse implorar-lhe por um
beijo. – Harry sabes bem que me está a pôr doida. – Mas ele continuava sem se
pronunciar, continuava a beijar-me todo o pescoço – Pronto beija-me, beija-me de uma vez. Eu
imploro-te. – Ele parou e sorriu-me, só
ele conseguia pôr o meu coração daquele jeito, tão depressa batia rápido como
no segundo seguinte já estava parado. Retirou as mãos que repousavam na minha
cintura e envolveu a minha face com elas. Finalmente uniu os nossos lábios num
beijo calmo mas cheio de sentimento. Era como se me apaixonasse de novo sempre
que ele me beijava. Não havia nada que se comparasse com esse sentimento. Do
jeito que ele me fazia sorrir e de como cada toque dele, e só dele, me fazia
arrepiar como se fosse a primeira vez.
- Harry… – disse ofegante
quando quebramos o meu beijo. Aqueles olhos verdes penetrantes com aquele
brilho tão característico faziam-me ter a certeza que o amava – Eu amo-te… - um
sorriso genuíno formou-se nos seus lábios e isso deixava-me incrivelmente
contente. Saber que o deixava assim, feliz, era tudo do que precisava.
- Eu também te amo Mia, muito. – respondeu-me de
modo apaixonado.
***
Acordei novamente a pensar no Harry. Já era um hábito,
um mau hábito. Sempre que sonhava com ele acordava com aquelas malditas
borboletas na barriga. E continuava a ser ele, o único, que me deixava assim,
como a Nicole diz, apaixonada. Olhei para o relógio e reparei que já era de dia
por isso levantei-me. Iria preparar um pequeno-almoço para todos eles em forma
de agradecimento por toda a hospitalidade. Vesti novamente a minha roupa mas
assim que desci encontrei o Louis na cozinha. Era a altura certa para pôr termo
à confusão que se encontrava a minha cabeça.
- Louis? – chamei-o – precisamos de falar.
Desculpem a demora mas tenho andado com alguma "falta de palavras". Nada me tem saído realmente bem =S
Bem, espero que mesmo assim tenham gostado.
Muito obrigado pelos comentários, são extraordinários!
Dri
Com ou sem "falta de palavras" o capítulo está fantástico como todos os outros :D
ResponderEliminaroh paaa n cheguei a saber o que dizia na revista nem a reaçao do harry... o que sera que mia lhe vai dizer :? tou muitooooo anciosa *-*
ResponderEliminare ja agora esta linda como sempre
FALTA DE PALAVRAS?! Digo-te, quem me dera escrever como tu!
ResponderEliminarEstá absolutamente fantástico como todos os outros! *-*
Amo a tua Fic *.*
ResponderEliminarEscreves plenamente bem!
Amo a tua fic *.*
ResponderEliminarEscreves plenamente bem! Quem me dera mesmo com essa "falta de palavras" escrever como tu :P
Lindo, perdeito, único...
ResponderEliminarsão tantos os adjetivos para descrever
continua :)
Está lindo! Escreves muito bem!
ResponderEliminarA Mia devia contar ao Louis sobre o Harry. A tua FIC é linda e este capitulo também esta optimo como todos os outros. Continua assim.
ResponderEliminarOlá minha querida, aqui estou eu novamente como já é costume.
ResponderEliminarLi o teu capítulo pelo telemóvel e como sabes não consigo comentar quando faço a minha leitura utilizando aquele meio.
O que dizer? Mais um capítulo perfeito, e quem me dera que a minha falta de palavras representasse metade do teu talento, era sinal que ainda conseguia escrever bem.
Nunca duvides do teu talento, és uma escritora simplesmente excepcional.
Quanto ao capítulo, eu deveria estar aos pulinhos porque o Lou e a Mia se beijaram mas não consigo. Penso no Harry e não consigo.
Ahahha
Beijinhos minha querida, <3
Olá!
ResponderEliminarComecei a ler a tua fic há aproximadamente dois dias e não existe nada de mau a apontar.
A tua fic é extraordinariamente perfeita!
Cada descrição, cada sentimento expresso, é tudo tão perfeitamente formado e pensado..!
Fizeste-me rir, fizeste-me chorar, fizeste-me sentir tanta coisa! Só de pensar que algum dia esta se possa tornar a história de algum deles...
A tua escrita é fenomenal e ainda bem que te lembraste de a escrever, porque tenho a certeza que reforçaste a vontade de sonhar de bastantes pessoas.
É quase impossível comentar a tua fic sem pensarmos que o que te estamos a escrever é insuficiente.
Deixaste-me mesmo emocionada *.*
Fiquei com uma vontade imensa de te conhecer xb
Espero que coloques um capítulo novo brevemente, fico vivamente à espera ^^
Beijinho's
Passa pelo nosso blog temos lá uma coisa para ti :)
ResponderEliminarA tua FIC é linda , escreves mesmo bem
Adoro a tua fic, todos os dias venho aqui ver se já há mais algum capítulo e quando há fico tão contente :D
ResponderEliminarcontinua assim, e pf publica rápido, estou muito curiosa com o que se vai passar a seguir (: