Era a
loucura total. Assim que aterramos só conseguia ouvir os gritos das raparigas
que estavam á espera deles. Estava mais do espantada ao me perceber da
quantidade de raparigas que eles arrastavam para qualquer lugar que fossem.
Como é que era possível nunca ter ouvido falar deles? Realmente não sabia. Fui
buscar as minhas malas à passadeira e dirigi-me, passando pelas fãs, para um dos
muitos carros que estariam à nossa espera. Olhei para trás quando estava a
chegar á porta de saída e vi-os a serem completamente engolidos pelas fãs. De
um momento para o outro deixei de os ver.
Cheguei ao
hotel juntamente com mais algumas pessoas ligadas a eles. Fui para o meu quarto
deixar as malas e fui para uma espécie de “sala” reservada para nós. Enquanto
esperávamos que eles chegassem, fui-me inteirando sobre a agenda deles. Fiquei
cansada só de ver a quantidade de aparições que eles tinham em programas, para
além, dos concertos. Mostraram-me também o material que iria usar, nunca tinha
estado na presença de coisas tão sofisticadas e caras. O meu primeiro trabalho
era saber como trabalhar com aquelas máquinas.
***
- Mia Rodrigues! – chamou a minha chefe da galeria, a
Lauren – hoje vais à praia tirar umas fotografias para expormos na galeria,
pode ser? – disse que sim, obviamente. Fui para uma praia deserta e dei asas á
minha imaginação. Aos poucos estava cada vez mais certa do que queria para o
futuro, no que queria trabalhar. Fazer aquele tipo de trabalhos dava-me uma enorme
liberdade e um gozo inexplicável.
***
Já estava
a fazer as últimas provas quando os rapazes entraram na sala visivelmente
cansados mas contentes.
- Uau! –
exclamei – sobreviveram?! Como é que não ficaram sem uma perna ou um braço?
- As
nossas meninas são uns amores, nunca fariam tal coisa! – fiquei atónica ao
ouvir o que o Zayn tinha acabado de dizer
- “Nossas
meninas”?! – foi a única coisa que me lembrei de dizer
- Sim! –
afirmou o Liam – É assim que carinhosamente chamamos ás nossas fãs! – só consegui
rir. Eles realmente não existiam.
(…)
Aquele
primeiro dia tinha sido desgastante. Definitivamente não me queria tornar numa estrela
pop, morria de cansaço. Sentei-me no sofá juntamente com os rapazes e o resto
do pessoal. Eram todos bastante engraçados e unidos, eu era uma espécie de intrusa.
O Louis reparou em mim e veio ter comigo sentando-se à minha beira.
- Que
carinha é essa? – perguntou-me com aquele sorriso lindo – não estás a gostar?
- É
impossível não gostar Lou, estou a fazer uma das coisas que mais gosto de fazer…
- afirmei – mas… - deixei escapar um suspiro – isto cansa! Tirei mais
fotografias hoje do que na minha vida inteira. Quase que ficava sem pele no
dedo indicador – ao mesmo tempo que lhe mostrava o meu dedo
- Deixa
ver… - ele agarrou na minha mão e observou atentamente o dedo. Inesperadamente
ele deu um beijo no meu dedo onde estava um pouco vermelho. Naquele momento não
era só o meu dedo que estava vermelho, mas também a minha cara. Fiquei estática
a olhar para o gesto dele – está melhor? – perguntou a sorrir. Estava completamente
aparvalhada. Apenas assenti com a cabeça e retribui o sorriso.
-
Obrigada! – acabei por dizer. Ele embrulhou-me com os braços dele puxando-me um
pouco mais para junto dele. Mas não durou muito tempo pois assim que o Paul
entrou dentro da sala separamo-nos de imediato. Todos na sala se riram menos
nós os dois e o Harry. O Paul ficou a olhar para nós sem perceber nada, a minha
cara devia estar mais vermelha que um tomate.
***
Acordei
cheia de vontade de ir à piscina do hotel. Inclinei-me uma pouco na cama para poder
ver as horas e o mostrador do relógio digital indicava que ainda tinha algum
tempo até á hora combinada para nos encontrarmos. Levantei-me, fui até ao
armário e tirei um dos biquínis que tinha trazido e rapidamente o vesti. Peguei
nuns calções e numa t-shirt e saí do quarto. Pelo caminho conseguia ouvir o
barulho que as fãs faziam na entrada do hotel. Era qualquer coisa de outro
mundo. É verdadeiramente impressionante. Assim que cheguei á piscina
rapidamente tirei a roupa que estava por cima do biquíni e mergulhei. Precisava
de espairecer as minhas ideias e de descontrair. Nada melhor do que nadar.
Depois de uns longos minutos, já estava na altura de sair. Dirigi-me às
escadinhas que ajudam a subir e foi aí que ouvi alguém a mergulhar. Virei-me
para trás e os meus olhos encontraram o Harry. Um ritmo alucinante de
batimentos cardíacos voltaram a invadir o meu coração. Saí o mais depressa da
piscina. Não queria ter qualquer tipo de conversa. Peguei numa toalha branca
para me secar e enrolei-a no corpo.
- Fica
comigo! – nem estava a acreditar no que estava a ouvir. Sem dar conta, o Harry
já tinha saído da piscina e estava atrás de mim.
Os braços
dele ladearam a minha cintura e puxaram-me contra ele, o que fez com que a
toalha caísse. O meu corpo estava inerte, simplesmente paralisado e sem saída.
Conseguia sentir nas minhas costas o peito molhado dele. Arrepiava-me
puramente. Os lábios dele tocaram ao de
leve no meu ombro desnudo. Um espasmo percorreu de cima a baixo todas as linhas
do meu corpo. Queria pedir-lhe para parar mas não conseguia, o meu coração não
o permitia porque, bem lá no fundo, sabia que eu precisava daqueles beijos.
Conseguia sentir contra as minhas costas os cabelos encaracolados dele à medida
que subia pela linha dos ombros até ao pescoço. Aos poucos, com a ajuda das
mãos dele, foi-me virando para ele. Aqueles olhos azuis esverdeados
hipnotizaram-me por completo. Percorri a linha do rosto dele com o olhar.
Queria, mais do que tudo, que acabasse com a mínima distancia que nos separava.
Pousei delicadamente as minhas mãos no peito dele, inebriada. Ele percorreu a
linha do meu rosto com a ponta dos dedos parando nos meus lábios. Fechei os
olhos e não pensei em mais nada. Conseguia ouvir a respiração descompassada
dele igual á minha. Ele estava cada vez mais próximo de mim, sentia-o. Os
lábios dele tocaram ao de leve nos meus. Era uma sensação indescritível, como
se o tempo tivesse parado. Abri os olhos e ele sorriu. Voltou a unir os nossos
lábios, mas desta vez num beijo mais prolongado. Não queria que aquilo
acabasse. Quebrei o beijo, já um pouco ofegante. Olhei-o nos olhos e foi aí que
percebi que algo estava mal.
- Isto foi
para perceberes o que perdeste quando te foste embora. Esta foi a última vez
que sentiste os meus lábios, nunca mais serei teu, nunca mais! – aquelas
palavras saíram da boca do Harry mas eu não queria acreditar. Aquele não era o
Harry, era outra pessoa no corpo dele.
Tinha o
coração a partir-se aos bocadinhos. Não sentia mais nada. Ele largou o meu
corpo e foi-se embora. Tinha uma dor insuportável a rodear o meu, agora frágil órgão
vital. Caí no chão sem forças e deixei o meu rosto ser consumido pelas lágrimas
que brotavam dos meus olhos.
Abri os olhos
sobressaltada e percebi que estava na cama. Tinha o meu coração a mil. Tinha
sido apenas um pesadelo. Pus as minhas mãos na cara e notei que estava húmida.
Tinha mesmo chorado realmente. Esta situação estava a ficar insustentável. Por
mais que quisesse não conseguia apagar o passado. Foi então que vi as horas e
já estava atrasada. Levantei-me e arranjei-me o mais depressa possível. Peguei
nas minhas coisas e quando abri a porta dei de caras com o Louis. Ele estava a
preparar para bater na porta quando a abri. Não sei o que me deu, e muito
sinceramente também não quero saber, abracei-o simplesmente. Ele fazia-me sentir
bem, era tudo o que precisava na altura.
- O que se
passa princesa? – larguei o corpo dele e uma lágrima solitária invadiu o meu
rosto sem permissão – diz-me, por favor, o que tens? Não consigo ver-te assim…
- Tive um
pesadelo, Lou… - disse sufocada de medo, medo que o pesadelo se tornasse
realidade – foi horrível! – senti de novo aquele abraço reconfortante,
relaxando-me aos poucos.
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Espero que tenham gostado!
Deixem as vossas opiniões, são bastante importantes!
Dri
:-O!Miuda, tu es the BEST!!!!!!!!!
ResponderEliminarEstá fantástico como sempre! x
ResponderEliminarAdorei, a tua história é como se fosse droga tornou-se num vicio para mim :)
ResponderEliminarADOREI como sempre!!! Tens mesmo muito jeito. Posta o próximo o mais rápido possível, sff.
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